afrodisíacos e papo-seco
Os filtros de amor eram conhecidos desde os tempos mais antigos e vão continuar durante a Idade Média. Por muito que fossem condenados lá se iam fazendo e nem o Santo Agostinho escapou à acusação de também ter colaborado num pãozinho das eulogias com recheio afrodisíaco, com consentimento do marido da comungante*.
O culto às ervas e espigas mantinha-se por força da tradição pagã, pelo que todo o sortilégio que entrasse na sua confecção era “farinha do mesmo saco”.
Não é por isso de estranhar, que uma das formas usadas pelas mulheres para atraírem o amor do marido negligente, consistisse em colocarem-se de gatas, no chão, descobrindo as nádegas e pedindo a uma amiga para amassar o pão em cima do traseiro.
O que se torna verdadeiramente um desperdício é que o dito marido não assistia à cena. Limitava-se a comer o papo-seco à hora da refeição, oferecido pela casta esposa, já recomposta e vestida dos pés à cabeça.
……………………………………..
*Agustinho, Contra Literas Petiliani, III, 16, 19: C.S.E.L (CSEL=Corpus scriptorum ecclesiasticorum latinorurn,vol.52 (ed.M. Petschenig, 1909)
O culto às ervas e espigas mantinha-se por força da tradição pagã, pelo que todo o sortilégio que entrasse na sua confecção era “farinha do mesmo saco”.
Não é por isso de estranhar, que uma das formas usadas pelas mulheres para atraírem o amor do marido negligente, consistisse em colocarem-se de gatas, no chão, descobrindo as nádegas e pedindo a uma amiga para amassar o pão em cima do traseiro.
O que se torna verdadeiramente um desperdício é que o dito marido não assistia à cena. Limitava-se a comer o papo-seco à hora da refeição, oferecido pela casta esposa, já recomposta e vestida dos pés à cabeça.
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*Agustinho, Contra Literas Petiliani, III, 16, 19: C.S.E.L (CSEL=Corpus scriptorum ecclesiasticorum latinorurn,vol.52 (ed.M. Petschenig, 1909)
Consultar: Oronzo Giordano, Religiosidad Popular en la Alta Edad Media, Gredos, Madrid, 1983.
4 comments on “afrodisíacos e papo-seco”
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essa é a parte macaca da história
“:O)))
beijocas
Essa forma de fazer massa era dar duplamente para trás no marido: na confecção e ao esconder a prática, a qual, se fosse testemunhada, é que seria afrodisíaco de monta. Ai! Esquece a última parte.
Bjoka
È verdade, é um espanto. E também as havia de forma masculina e com barbas até aos pés. Devia ser um incentivo para os fora de prazo
“:O))
beijocas
Mas este trigo é uma raridade. Não conheço mais nenhuma representação idêntica e nem se sabe bem o sentido.
De todas, a minha preferida é a mandrágora. Segundo Della Porta é capaz de nos dotar do poder de locomoção aérea.E, depois, a sua raiz tem a forma duma mulher.