Teratologia selvagem
Adulphe Delorgue, viajante aventureiro do início do século XIX, depois de passar vários anos entre os Bantus, garantiu que nem os Cafres seriam capazes de matar, à nascença, um filho monstruoso.
Livingstone, que na mesma época explorou a Àfrica Austral, ao descrever os costumes dos Béchuanas diz precisamente o contrário.
Qualquer ser disforme é imediatamente massacrado, bastando para tal nascer com os incisivos saídos- um tloto é um monstro- os gémeos podiam ser tidos por tlotos.
Como testemunhou Livingstone, ao contrário das outras tribos, os Béchuanas não reconhecem nem deuses, nem ídolos e não possuem qualquer sentimento religioso.
Para os outros selvagens, os monstros eram entendidos como manifestações das divindades e, por essa razão, respeitados. Na ausência delas, a sorte do ser disforme é entregue às mãos dos humanos.
Ainda hoje os Bechuanas são considerados os povos mais inteligentes da região.
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Ernest Marin, Historie des monstres. Depuis l’antiquité jusqu’à nos jours, Jerôme Milton, Grenoble, 2002.
Ernest Marin, Historie des monstres. Depuis l’antiquité jusqu’à nos jours, Jerôme Milton, Grenoble, 2002.
4 comments on “Teratologia selvagem”
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Quero dizer, se percebi (e acho que sim) não faz sentido incomodar-se por os outros baterem no seu lugar.
ahahahahaha
Ok. Não percebi mas já respondi lá.
ehehe
Nunca percebi o problema com o “gasto” das caixinhas de comentários, já que isto é à borla, mas enfim. O José não faz parte desses apertadinhos que se melindram com uso de caixas
“:O)))
e isto de escrever á pressa também é uma chatice. Olhe…descodofique! se precisar de explicações peça-as! fique bem
Podemos continuar aqui no seu espaço… é que estar a usar o espaço do outro é feio. Ou pode ser feio!
Nesses “bantous” acredito eu! que não sou de muito longe.No Viatlazinho ou nos Ruizinhos é que não… a esses ér que só se não puder ser-lhes bom! o que para infelicidade minha é o meu caso.
David