As minhas árvores da vida favoritas #9
Center of all centers, core of cores,
almond self-enclosed, and growing sweet–
all this universe, to the furthest stars
all beyond them, is your flesh, your fruit.
Now you feel how nothing clings to you;
your vast shell reaches into endless space,
and there the rich, thick fluids rise and flow.
Illuminated in your infinite peace,
a billion stars go spinning through the night,
blazing high above your head.
But in you is the presence that
will be, when all the stars are dead.
Rainer Maria Rilke
Árvore do Buda, China (destruída)
Marcel Ducham,Suporte para garrafas (readymade, 1914)
……….
Acrescento:
Graças ao Antónimo, fica aqui um curioso link com comparações idênticas.
Ver: Roger Cook, The Tree of Life, images for the cosmos, Avon, New York, 1974.
Aproveite e siga a surpresa que ele prepara…
10 comments on “As minhas árvores da vida favoritas #9”
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Estive a ver. A primeira edição foi da Thames and Hudson e a que eu comprei foi a posterior impressa na Holanda. Mas ele tem coisas bem giras e também nunca tinha ouvido falar no sujeito. Só que o meu exemplar está todo com folhas soltas e incompleto. Mas ele andou pelos arquivos. E bastante. Só que depois não dá as notas completas.
Não te sei dizer nada deste Cook. Nem nunca peguei no livro. Encontrei-o, por acaso, na net, ao procurar umas coisas do Eliade (mais aqui ao húngaro que é polaco…). E, está claro, que quando faço a piada de que o Duchamp viu o Buda no aparador do senhor Levassor, é só pela piada: que estas coisas das parecenças têm mais (e menos…) que se lhes diga.
De qualquer forma vou acrescentar o Cook às imagens. O senhor merece. E por 3 libras ainda mais. No caso do Max Ernst sabe-se de onde pirateou muita coisa. Agora do Duchamp muito menos. Ainda que tenha dado as voltas todas ao Lequeu.
ehehe São muitas coincidências. Mas o exemplar que eu tenho está com as folhas todas soltas e faltam algumas. Não diz de onde veio a árvore do Buda e muito menos fala no Rilke.
Mas há-de vir tudo daí.
Sabes alguma coisa deste Cook?
Eu achei piada ao livrinho e aquel reprodução do Alexandre a falar com árvore é lindíssima mas ele depois não dá as fontes completas.
(E queres outra? O húngaro (que não é húngaro, é polaco… ondéqueu fui buscar a Húngria?) chama-se Rylke, Jan Rylke!)
Enapá! Isso ainda é mais giro: a fonte que o húngaro cita para o Buda, lá no estaminé dele, também é o Roger Cook (The Tree of Life, 1972)!
A primeira vez que vi as imagens juntas, imaginei o Marcel, lá na casa dos Arensberg, ou do sogro Levassor, assim alguém com papel (em 14 o Marcel ainda não devia conhecer os Arensberg), a galar-lhe o Buda no psiché, assim como quem não quer a coisa… Buda da casa de banho, como dizia a outra do urinol…
Mas aquilo tem coisas muito giras. E o livrinho que eu comprei em terceira ou 4ª mão, por 3 libras, está bem incompleto.
Ah! que giro. Juro que não fazia a mínima ideia.
Estas coisas nem são muito bem aceites oficialmente, mas eu gosto de brincar com elas.
A árvore do buda tirei-a daquele livrinho que já tinha indicado. O de um tal Roger Cook, publicado em 74 que encontrei num mercado, em Londres
“:O))
E o tipo nem diz mais nada. Apenas que o trono destruído.
Mas este teu link é delicioso. Vou já ver melhor aquilo.
(estas coisas são proibidas, que nós somos todos ocidentais e fica mal misturas
ehehe)
Uma grande beijoca
Acho que vais gostar disto.
Fabuloso Rilke. Sobretudo na tradução portuguesa de Paulo Quintela. Não tem o rigor do alemão original. Mas supera-o em beleza.