A coca do Corpus Christi
A tradicional luta entre S. Jorge e o Dragão (o Santo patrono de Portugal a vencer o Mal) que integrava os cortejos da procissão do Corpus Christi incluía engenhos articulados de madeira. Em Guimarães, no ano de 1643 a vereação da Câmara impôs a sua construção aos sapateiros da cidade que a deviam engalanar de vestes e coroa. A mesma serpe chegou a ser animada por meio de homens que se introduziam no seu interior, fazendo-a mover e saltar. Teófilo Braga ainda recorda um destes engenhos festivos que saiu à rua no ano de 1687: «A tal coca é um monstro em figura de dragão. É de arcos coberta de lona, e rodas por baixo, sobre as quais marcha e contramarcha. Tem asas, pontas, e uma grande cauda retorcida. A boca é de molas, e, para que se abra e feche, atam-lhe uma corda porque puxam atrás os homens que fazem andar o dragão para meter medo ao cavalo».
Cfr: Almanach de lembranças para 1867, p.276.
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a Coca nas festas minhotas
consultar: Luiz Chaves, “Os oficiais mecânicos de Coimbra na procissão do Corpo de Deus”, O Instituto, vol. 89, nº 4, pp. 350-371.
Alberto Pimentel, As alegres canções do norte, fac-simile da primeira edição de 1905, Publicações D. Quixote, Lisboa, 1989.
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Acrescento: não perder os postais do Paulo acerca das festividades da procissão (lembrámo-nos os dois do Amadeo)
2 comments on “A coca do Corpus Christi”
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Pois é, Paulo. O Amadeo era genial.
Quanto à coca, é verdade, agora a bicha fica aí a rabiar
“:O))
Quanto ao Dragão, ele é dragão voador. Daqueles que só pousam nas montanhas para defenderem tesouros. Nunca para rastejarem.
“;O)
Beijocas
Pois foi, Querida Zaz, o quadro é extraordinário. E gostei muito de saber que, noutros tempos, a coca era vencida. Hoje, apesar das apreensões, cheiram-na por todo o lado.
Olha lá, não achas que o Nosso Amigo do «Dragoscópio» pode sentir-se magoado com estas evocações?
Bjoka