Com a lucidez serena da fatalidade

A Maria Semionovna – do conto de Tolstoi – não tem nome na adaptação de Bresson. Mas Bresson fá-la recitar uma frase de Grouchenka, dos irmãos Karamasov: «se eu fosse Deus, perdoava a toda a gente», acrescentando-lhe um aparte de humildade – “e se fosse apenas por mim”[Sémolué].

A Grouchenka de Dostoievski disse estas palavras sob o efeito do delírio do vinho; a “senhora sem nome” de Bresson pronunciou-as lúcida e serena, enquanto lavava a loiça.

↓