I learn a merengue, Mama

21 comments on “I learn a merengue, Mama”

  1. zazie says:

    O bacano do Antónimo completou a passagem do Nicodemos com uma do Bernanos que ainda é mais bonita- o milagre das mãos vazias.

  2. zazie says:

    É isso. Beijinho CCz e, mais uma vez, obrigada.

  3. CCz says:

    Há um ditado francês que reza mais ou menos assim:
    .
    É bom que o marinheiro reze, mas convém que também reme.
    .
    Na minha interpretação: Quem não se ajuda, não merece ajuda!
    .
    Bem vou andando que amanhã é dia de trabalho
    .
    Beijinhos zazie
    .

  4. zazie says:

    Aquela passagem do Nicodemos também já a tinha postado.

    assim Por causa do Fugiu um Condenado à Morte (o vento sopra onde quer) do Bresson

    ehehe

    Foi de forma artística mas, pelo menos, acho que não foi desonesta

    “:O))

  5. CCz says:

    “pequenas questões factuais”
    .
    Tenho a disciplina de escrever no meu blogue precisamente por isso, é como se a nossa memória se ampliasse.
    .
    ccz

  6. zazie says:

    Aquele sábado serviu-me para pegar nos Stromata do Clemente de Alexandria.

  7. zazie says:

    Já houve melhor que isso com o Vítor Mácula no Trento.

    É muito raro conseguir-se desenvolver alguma coisa por este meio.

    Agora pequenas trocas até de gostos, claro.

    O mais simples e que até pode ter valor é a leitura de jornais com desmontagem de notícias.

    O José consegue fazer isso no Portadaloja. E depois acrescenta-lhe notas do espantoso arquivo que tem.

    Isso sim- pequenas questões factuais que tendem a ser noticiadas com erros e que se podem corrigir com informações específicas de quem sabe.

  8. CCz says:

    “Claro que um bom gozo ou exercício de raciocínio pode-se fazer.”
    .
    Sim, como foi o caso daqueles sábados sobre Kant.
    .
    ccz

  9. zazie says:

    Mas isso é vício byte.

    O mundo virtual é nefasto e só tende a agravar essa facilidade de tudo se arrumar de uma penada.

    Claro que um bom gozo ou exercício de raciocínio pode-se fazer.

    Agora teoria é treta. E até penso que muito nefasta para gente nova que assim até desaprende e deixa de estudar e pensar com tempo.

  10. zazie says:

    Ah, ok- eu nunca dei grande valor a ela, a menos que e confronte com o oposto- a irracionalidade a fazer-se passar por pensamento.

    E estou de acordo consigo. Até dei o exemplo da Antígona porque foi a primeira ideia que me ocorreu.

    O que já existe há muito tempo tem o peso de uma sabedoria que não se inventa a martelo e muito menos por consensos democráticos.

    Olhe- o exemplo dos valores- vão à vida em indo a consenso democrático. Depois o que está certo passa a ser a opinião da maioria- mesmo que seja algo anormal.

    Vivemos isso neste mundo às avessas- As causas fracturantes são produto de supostos consensos racionais e democráticos.

    E na volta é irresponsabilidade. Porque o voto, no máximo, durará a vida de uma pessoa. Ninguém lhe pede responsabilidade pelas consequências dele para o futuro- para o que está para vir.

  11. CCz says:

    “E só vai a debate o que foi longamente pensado- no caso de se querer fazer alguma coisa com isso.”
    .
    Cada vez mais isto acontece menos!
    .
    Qualquer pessoa quer discutir qualquer assunto.
    .
    ccz

  12. CCz says:

    Contudo, o concordar que não é possível chegar a um consenso também abre a porta ao relativismo de valores, essa caixa de Pandora.
    .
    ccz

  13. zazie says:

    Ccz,

    Começando logo por se saber em que consiste uma discussão racional e civilizada e para que servem consensos.

    Uma discussão é sempre troca de pontos de vista e para se pensar é preciso reflectir- coisa que não se faz em debate.

    Por outro lado- nada é completamente racional. Quanto ao civilizado nem sei o que quer dizer.

    Um debate ou bem que é feito com inteligência e domínio do assunto por quem nele entra, ou não é nada.

    E só vai a debate o que foi longamente pensado- no caso de se querer fazer alguma coisa com isso.

    Quanto a consensos- há-de depender do assunto ou da prática.

    Se forem políticos são coisas totalmente diferentes de científicos ou meramente teóricos.

    Consensos impostos por “punhos-de-renda” até pode ser mero abanar de orelhas e dizer que sim.

  14. CCz says:

    Hoje, tenho a razão em boa conta, mas já não lhe dou a importância do passado.
    .
    E descubro o papel da tradição, dos valores dos antigos, o que foi testado pela vida ao longo de séculos e que não pode ser objecto de uma compreensão profunda pelo lado racional.
    .
    ccz

  15. CCz says:

    Quando cheguei à blogosfera era um quasi-jacobino bem intencionado (são-no quase todos se calhar) com um crença e confiança na razão que nos liberta e nos abre os olhos.
    .
    ccz

  16. CCz says:

    Trata-se de um tema sobre o qual não tenho estudado ou reflectido ou mesmo lido.
    .
    Mas quer-me parecer que faz algum sentido aquela cena de que nunca chegaremos a consenso através de uma discussão racional e civilizada.
    .
    ccz

  17. zazie says:

    Precisava de me inteirar destas coisas para poder discutir o assunto.

    Não faço ideia. Nunca li nada e acho que nunca pensei sequer nisso.

  18. zazie says:

    Já li.

    Pois, apenas pelo texto, é óbvio que o consenso é treta e ainda mais, se se quiser tornar verdade em qualquer ramo do saber.

    Mas, imagino que a questão não se fique por aí e quanto a democracia radical ou algo perto da democracia directa, não é coisa que me agrade.

    Quanto mais, pelo facto de ter de existir uma base de ordem que não depende de votos.

    Eu tenho cá a minha costela de Antígona

    ehehe

    Obrigada pelo texto. Não sei se estava a pensar que teria a ver com aquela outra “coisa”.

    Aí, até era o oposto- foi à conta desse consenso democrático que veio o ataque da “kantofobia”.

    Por ali não se aprende nada.

  19. CCz says:

    Fico a aguardar para troca de impressões.

  20. zazie says:

    ok, resultou, Ccz. Vou ler.

    Muito obrigada. V. é mesmo uma simpatia.

  21. CCz says:

    Recebeu?

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