Há um ditado francês que reza mais ou menos assim: . É bom que o marinheiro reze, mas convém que também reme. . Na minha interpretação: Quem não se ajuda, não merece ajuda! . Bem vou andando que amanhã é dia de trabalho . Beijinhos zazie .
Ah, ok- eu nunca dei grande valor a ela, a menos que e confronte com o oposto- a irracionalidade a fazer-se passar por pensamento.
E estou de acordo consigo. Até dei o exemplo da Antígona porque foi a primeira ideia que me ocorreu.
O que já existe há muito tempo tem o peso de uma sabedoria que não se inventa a martelo e muito menos por consensos democráticos.
Olhe- o exemplo dos valores- vão à vida em indo a consenso democrático. Depois o que está certo passa a ser a opinião da maioria- mesmo que seja algo anormal.
Vivemos isso neste mundo às avessas- As causas fracturantes são produto de supostos consensos racionais e democráticos.
E na volta é irresponsabilidade. Porque o voto, no máximo, durará a vida de uma pessoa. Ninguém lhe pede responsabilidade pelas consequências dele para o futuro- para o que está para vir.
“E só vai a debate o que foi longamente pensado- no caso de se querer fazer alguma coisa com isso.” . Cada vez mais isto acontece menos! . Qualquer pessoa quer discutir qualquer assunto. . ccz
Hoje, tenho a razão em boa conta, mas já não lhe dou a importância do passado. . E descubro o papel da tradição, dos valores dos antigos, o que foi testado pela vida ao longo de séculos e que não pode ser objecto de uma compreensão profunda pelo lado racional. . ccz
Quando cheguei à blogosfera era um quasi-jacobino bem intencionado (são-no quase todos se calhar) com um crença e confiança na razão que nos liberta e nos abre os olhos. . ccz
Trata-se de um tema sobre o qual não tenho estudado ou reflectido ou mesmo lido. . Mas quer-me parecer que faz algum sentido aquela cena de que nunca chegaremos a consenso através de uma discussão racional e civilizada. . ccz
O bacano do Antónimo completou a passagem do Nicodemos com uma do Bernanos que ainda é mais bonita- o milagre das mãos vazias.
É isso. Beijinho CCz e, mais uma vez, obrigada.
Há um ditado francês que reza mais ou menos assim:
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É bom que o marinheiro reze, mas convém que também reme.
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Na minha interpretação: Quem não se ajuda, não merece ajuda!
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Bem vou andando que amanhã é dia de trabalho
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Beijinhos zazie
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Aquela passagem do Nicodemos também já a tinha postado.
assim Por causa do Fugiu um Condenado à Morte (o vento sopra onde quer) do Bresson
ehehe
Foi de forma artística mas, pelo menos, acho que não foi desonesta
“:O))
“pequenas questões factuais”
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Tenho a disciplina de escrever no meu blogue precisamente por isso, é como se a nossa memória se ampliasse.
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ccz
Aquele sábado serviu-me para pegar nos Stromata do Clemente de Alexandria.
Já houve melhor que isso com o Vítor Mácula no Trento.
É muito raro conseguir-se desenvolver alguma coisa por este meio.
Agora pequenas trocas até de gostos, claro.
O mais simples e que até pode ter valor é a leitura de jornais com desmontagem de notícias.
O José consegue fazer isso no Portadaloja. E depois acrescenta-lhe notas do espantoso arquivo que tem.
Isso sim- pequenas questões factuais que tendem a ser noticiadas com erros e que se podem corrigir com informações específicas de quem sabe.
“Claro que um bom gozo ou exercício de raciocínio pode-se fazer.”
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Sim, como foi o caso daqueles sábados sobre Kant.
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ccz
Mas isso é vício byte.
O mundo virtual é nefasto e só tende a agravar essa facilidade de tudo se arrumar de uma penada.
Claro que um bom gozo ou exercício de raciocínio pode-se fazer.
Agora teoria é treta. E até penso que muito nefasta para gente nova que assim até desaprende e deixa de estudar e pensar com tempo.
Ah, ok- eu nunca dei grande valor a ela, a menos que e confronte com o oposto- a irracionalidade a fazer-se passar por pensamento.
E estou de acordo consigo. Até dei o exemplo da Antígona porque foi a primeira ideia que me ocorreu.
O que já existe há muito tempo tem o peso de uma sabedoria que não se inventa a martelo e muito menos por consensos democráticos.
Olhe- o exemplo dos valores- vão à vida em indo a consenso democrático. Depois o que está certo passa a ser a opinião da maioria- mesmo que seja algo anormal.
Vivemos isso neste mundo às avessas- As causas fracturantes são produto de supostos consensos racionais e democráticos.
E na volta é irresponsabilidade. Porque o voto, no máximo, durará a vida de uma pessoa. Ninguém lhe pede responsabilidade pelas consequências dele para o futuro- para o que está para vir.
“E só vai a debate o que foi longamente pensado- no caso de se querer fazer alguma coisa com isso.”
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Cada vez mais isto acontece menos!
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Qualquer pessoa quer discutir qualquer assunto.
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ccz
Contudo, o concordar que não é possível chegar a um consenso também abre a porta ao relativismo de valores, essa caixa de Pandora.
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ccz
Ccz,
Começando logo por se saber em que consiste uma discussão racional e civilizada e para que servem consensos.
Uma discussão é sempre troca de pontos de vista e para se pensar é preciso reflectir- coisa que não se faz em debate.
Por outro lado- nada é completamente racional. Quanto ao civilizado nem sei o que quer dizer.
Um debate ou bem que é feito com inteligência e domínio do assunto por quem nele entra, ou não é nada.
E só vai a debate o que foi longamente pensado- no caso de se querer fazer alguma coisa com isso.
Quanto a consensos- há-de depender do assunto ou da prática.
Se forem políticos são coisas totalmente diferentes de científicos ou meramente teóricos.
Consensos impostos por “punhos-de-renda” até pode ser mero abanar de orelhas e dizer que sim.
Hoje, tenho a razão em boa conta, mas já não lhe dou a importância do passado.
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E descubro o papel da tradição, dos valores dos antigos, o que foi testado pela vida ao longo de séculos e que não pode ser objecto de uma compreensão profunda pelo lado racional.
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ccz
Quando cheguei à blogosfera era um quasi-jacobino bem intencionado (são-no quase todos se calhar) com um crença e confiança na razão que nos liberta e nos abre os olhos.
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ccz
Trata-se de um tema sobre o qual não tenho estudado ou reflectido ou mesmo lido.
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Mas quer-me parecer que faz algum sentido aquela cena de que nunca chegaremos a consenso através de uma discussão racional e civilizada.
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ccz
Precisava de me inteirar destas coisas para poder discutir o assunto.
Não faço ideia. Nunca li nada e acho que nunca pensei sequer nisso.
Já li.
Pois, apenas pelo texto, é óbvio que o consenso é treta e ainda mais, se se quiser tornar verdade em qualquer ramo do saber.
Mas, imagino que a questão não se fique por aí e quanto a democracia radical ou algo perto da democracia directa, não é coisa que me agrade.
Quanto mais, pelo facto de ter de existir uma base de ordem que não depende de votos.
Eu tenho cá a minha costela de Antígona
ehehe
Obrigada pelo texto. Não sei se estava a pensar que teria a ver com aquela outra “coisa”.
Aí, até era o oposto- foi à conta desse consenso democrático que veio o ataque da “kantofobia”.
Por ali não se aprende nada.
Fico a aguardar para troca de impressões.
ok, resultou, Ccz. Vou ler.
Muito obrigada. V. é mesmo uma simpatia.
Recebeu?
Se isto resultar encontra um ficheiro pdf aqui:
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http://www.adrive.com/public/21e3b8b7d05379fc08263f70c154513de632a0e6be4f625ea05d02cd44c0a326.html