Não vão roubá-la
e ainda cair o resto da arriba instável à conta disso.
…….
Parece que coisas suspeitas não faltavam- a começar em tentativas recentes de serrar a arriba, desistidas a meio, passando pela “Calixto Precisamente” e os seus “olhares de troço e não do local” e “dispensa de inspecções obrigatórias por olhar à distância”.
Mas apostamos que ainda vai dar para nascer entidade nova, tipo “observatório de arribas instáveis em centros balneares”.
……….
Adenda 24-08:
«Apesar de estar «convencido» de que este inquérito já foi aberto, João Palma explicou que se isto ainda não aconteceu terá de o ser «o mais urgentemente possível, uma vez que se impõem diligências de investigação imediatas».
Segundo o presidente do SMMP, estas diligências «passam desde logo pela preservação do próprio local onde a tragédia ocorreu para análise das características do terreno e do grau de previsibilidade da derrocada, que acabou por se verificar»».
Já era- A “Calixto Precisamente” acaba de garantir que a destruição de provas correu bem.
Vão lá ler, ao Blasfémias , a passionária da ex-maoísta, em upgrade neo-liberal, para que se perceba como a estupidez está bem distribuída por todos.
21 comments on “Não vão roubá-la”
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E dá para imaginar como estas coisas nunca servem para nada em tribunal.
Algum juiz se atrevia a duvidar deste palavreado técnico das luminárias?
Ela disse que fizeram a antecipação de derrocada- uma a nascente, outra a poente, precisamente para evitar situações de acidentes- foram precisamente logo aos pares.
Na volta andaram a brincar à apanhada.
Já essa “simulação para previsão da derrocada” não ouvi; e até uivo de tristeza por não ter conseguido encontrar isso. Mas não me surpreende que um tal portento retórico tenha recorrido a um fraseado tão sublime para se referir a algo que, dito mal e porcamente, foi um abanãozeco a um pedregulho, sabe-se lá com que noção do que estava a ser feito.
Lá está. “Precisamente”, como diria a outra. Eu não disse que tinham sido estas folganças em zona “instável” a propiciar o desmoronamento; mas, “macacos me mordam”, dá uma ideia de como a coisa tinha andado a ser fiscalizada, não?… Custa a crer que quem permitiu isto impunemente e até encorajou a festa (aquela historieta das escadas, e das marcações, e não sei quê, é eloquente), fosse depois zelar pressurosamente pela preservação do “local”, ou do “troço”, ou do que quer que fosse.
E o que vale é que o sinal estava lá. O “xinalinho” é que é preciso. Valha-nos o santo “xinalinho”.
É verdade, sem um dia de 4 em 4 anos, nem sabíamos o que fazer à tal de democracia. Um tédio de cidadania.
Da maneira que aquela treta caiu, phónix que bem que estava no ponto, né?
Foi de alto a baixo e quase metade ao chão.
é. Eles andaram a fazer todas essas anormalidades.
No caso “específico” daquela arriba, precisamente, não terá afectado porque já estava separada no meio da praia. Mas as anormalidades fizeram-nas.
Se ouvir de novo a Calixto (ela é um must que até apetece replay) ela fala nisso por outras palavras e chama “simulação para previsão de derrocada”.
Percebe o que terá sido?
O banheiro diz que andaram aos encontrões com o tractor e eu não me admiro nada.
Que raio pode ser um estremecimento sem sucesso a não ser a rachinha na sapa, ainda mais aberta
eheheh
Mas depois o sismo é que podia ter abanado, quando até dizem que é bom abaná-las a ver se caem.
E o que vale é que anda tudo entretidinho a discutir as eleições de 27. Não sei o que seria de nós sem essas discussões.
Penso que o texto não era este, mas diz sensivelmente a mesma coisa:
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1382960
Com a vantagem de que este é de 26 de Maio deste ano. Não surgiu depois da derrocada.
Por acaso, tinha passado os olhos por essa artigalhada do DN; mas, desconhecendo a entrevista desse “melro”, interpretei os “estremecimentos” como uma referência à tal intervenção na arriba feita em 2007. Se ela se refere mesmo a terem andado a escarafunchar no início desta época balnear, não percebo mesmo que raio andaram eles a fazer.
E isso lembra-me outra coisa. Também já não sei onde pára o artigo, mas lembro-me de ter lido qualquer coisa sobre a construção de habitações perto da arriba e da construção de um tal passeio pedonal. Os “populares”, como eles dizem, culpavam a permissão de construir em zona supostamente protegida; os proprietários, como é típico, chutaram a responsabilidade para o tal passeio pedonal, construído recentemente – cujo percurso estava povoado de letreiros a avisar tratar-se de “zona instável, ou “arriba instável”, ou lá o que é. Era o próprio percurso, construído em zona presuntivamente “instável”, que ostentava isto. Isto faz sentido?!…
E eu nem estou a dizer que tenha sido a construção de todas estas brincadeiras em plena falésia a promover o desastre (até porque não conheço a zona). Mas acho que levanta suspeitas fundadas sobre o modo como a fiscalização daquela zona tem vindo a ser feita.
A fotografia não era da arriba quase em êxtase, era do melro especialista, com ar muito sério a falar no insucesso dos estremecimentos de arriba.
Que raio de coisa terá sido esse estremecimento que eles sabem que não teve sucesso?
“:O))))))
Já me fartei de rir com o seu texto e andei à procura dos estremecimentos.
Eu li a entrevista ao técnico mas não sei onde pára.
Mas tem aqui a outra técnica a confirmá-lo.
A do outro era mais completa e até incluía fotografia
Também não pude deixar de notar, com enlevo, que, depois da intervenção dos sismólogos do Instituto de Meteorologia, ela virou o disco e deixou de dizer que o sismo de terça-feira era a justificação do desabamento. Agora parece que foi o calor – isto, dias depois de ter afirmado que a maior parte das derrocadas sucedia no Inverno.
Quanto a “estremecimentos”, confesso que não ouvi falar de nada, em lado nenhum. Aliás, a coisa passou mesmo sem “estremecimentos” – quer em sentido literal, quer figurado.
E, se isso é mesmo verdade e foram mesmo utilizado tractores, só espanta que não se tenham lembrado de demolir aquilo com um carrinho-de-mão, uma pá e um ancinho. Já estive mais longe de acreditar que isso seria possível.
Pois. A mostarda chegou-me ao nariz com tal virulência que não resisti ao “linkzito” :-))
Quanto à Calixto, já tinha tido oportunidade de assistir à sua brilhante “performance”, em directo para a SIC; e já na altura fiquei tão abismado com a sua eloquência e arrojo semântico (não era “iminente”, era “potencial”; não era do “local”, era do “troço) que larguei a vasculhar, entre os escombros do Youtube e do Google, mais vídeos da donzela. Neste momento posso afirmar, sem exagero nem favor, que somos quase amigos íntimos e de longa data ;-))
correcção- o estremecimento serve para evitar quebras, como disse o perito.
Mas o banheiro e outros que assistiram dizem que foi um tractor a empurrar aquilo em baixo.
ehehehe
Não me admira nada. Aquilo é só paleio para engrominar papalvos.
Um “bom estremecimento a tractor falhado” e o azar do micro-abano da “natureza sismática”
Faça o link todo, à sua vontade
eheheh
Mas leia o que a Calixto disse na entrevista e vai ver como ela fez poesia para vender essa patranha da tal vistoria.
Ela disse que “precisamente, houve um olhar que precisamente foi um olhar sobre o troço e não um olhar sobre o local”.
As palavras textuais estão no primeiro post.
E depois continuou, explicando que, precisamente, esse olhar do troço e não do local, até garantiu que nem era preciso as inspecções obrigatórias, pois, precisamente, o tal olhar sobre o troço previa segurança.
Percebe?
Eles andaram a patrulhar arribas da costa mas não viram, coisíssima nenhuma, aquela e nem à praia foram. O troço não é o local, como diria a Calixto Precisamente.
Mas, antes da época balnear, já tinham feito outras coisas e essas é que não se percebe.
Um dos técnicos garantiu que tinham feito o tal “estremecimento” que serve para que haja quebra mas falhou.
Ora, nem sei o que é um “estremecimento falhado” a não ser um corte, quando toca o telefone e, ainda menos, como é que essa tentativa de estremecimento era boa e o sismo é que podia ter tramado aquilo.
No forum de Albufeira há mais detalhes nas caixinhas de comentários.
Quanto a deitar abaixo, também é verdade que se ficasse em pé, vistoriado pelos mesmos com a impossibilidade da lei entender o assunto, ia dar ao mesmo.
Mas lá que tiveram muita pressa, tiveram.
Não se esqueça que nestes tachos há sempre lugar para todas as pancadas.
E muito ecologista fanático adora arribas a derrubarem naturalmente em cima da falta de civismo dos outros.
Devem ter ido lá “aprender coisas de sonho e de verdade”. Ou, neste caso, ocultá-las. Ainda que não se perceba tanto zelo e precipitação, se nos lembrarmos de que os inquéritos, neste quintalinho, dão sempre em nada.
Francamente, sempre achei as justificações demasiado rocambolescas para serem credíveis. Afinal, se, como alega a tal Calisto, tinha havido uma inspecção há cerca de uma semana e não tinham detectado “perigo iminente” de derrocada, que raio de credibilidade merece uma inspecção dessas? Se a isso juntarmos a alusão dela ao sismo de há uns dias, soa a pretexto para sacudir a água do capote: vejam só, o zelo deles foi inexcedível (pois se até tinha sido feita uma inspecção há uma semana!…), mas, calamitosamente, um sismo tremendo veio arruinar todas essas boas intenções – quando se sabe que até há “especialistas” que duvidam de que o sismo pudesse ter provocado o desabamento.
Eu não faço ideia. Mas, como não faço ideia, duvido sempre dessas respostas categóricas e apressadas. E o circo está de tal forma que não há-de faltar muito para se descobrir, com grandes fanfarras, que a culpa da derrocada foi dos próprios banhistas, uns vândalos assassinos que foram, insidiosamente, plantar-se debaixo de uma arriba de modo a arruinar o património ecológico da região.
Importa-se de que faça um “link” para o post?…
Pois é. E foram todos assistir à demolição de provas, a cantar “os meninos à volta da fogueira”
ehehe
Claro que aquela pressa era mais que suspeita e há mentira e da grande.
Espreite aqui neste forum de Albufeira.
Para além da inexistência das tais vistorias houve outra coisa que não se percebe e que valia a pena perceber.
Eles andaram por lá a “abanar” a arriba. Uns chamam-lhe “estremecimento técnico que não resultou” e que dizem servir para evitar queda; outros dizem que foi coisa tosca com tractor e que ainda danificou mais a brecha na sapa.
Ora tudo isso só se podia saber com a arriba ainda em pé, não é verdade?
Mas ela já foi abaixo e nem as pedras aproveitaram para a tal defesa de avanço da água, como diziam.
Mas ninguém diz nada. Isto passou nas calmas- sem “estremecimentos” de espécie alguma.
Pior do que isso só mesmo alijar-se a responsabilidade da coisa para cima dos desgraçados que tiveram o azar de levar com os pedregulhos em cima. Como se um sinaleco daqueles fosse aviso suficiente para o que quer que fosse; como se o perigo de desmoronamento, “iminente” ou “potencial”, não justificasse medidas mais assertivas – a demolição daquilo, a delimitação de um perímetro de segurança, sei lá. É que sinalecos daqueles há por todo o lado (se não iguais, pelos menos semelhantes). Basta andar nas auto-estradas para ver placas a alertarem para o perigo de desmoronamentos. São uma indicação, não um aviso.
Quanto à demolição tardia, nem sequer me lembrara disso: mas é curioso que, como a Zazie frisou, tenham demolido aquilo quando está um inquérito em curso. Esta ditosa Pátria, esta ditosa Pátria.
O mais patético (e vergonhoso) em tudo isto é vir-se agora justificar a incúria de tanto “responsável” com malabarismos semânticos, tal como a “Calisto Precisamente” e o ministro do Ambiente fizeram: a arriba apresentava “risco potencial”, mas não “iminente”. Viu-se.
E depois ainda vem esse tal comandante Marques Pereira balir docemente que o desmoronamento era “previsível”. E, sabendo isso, toda esta boa gente ia cantando e rindo, e saltitando de nenúfar em nenúfar. Isto está entregue aos bichos.