habemus papisa nas próximas eleições?

bem… a Zazie parece que se meteu em trabalhos e lá tem que vir o porteiro dar uma mãozinha.

Ela pergunta se está errada por afirmar que não é inconstitucional a Igreja Católica não permitir o sacerdócio às mulheres.

O Estado tem o direito de se imiscuir nos dogmas de qualquer religião em nome da democracia, ou isso é um acto ditatorial que só um Estado de cariz religioso poderia fazer?

O debate andou por ali

P.S. como a patroa já está um tanto enxofrada por lhe deturparem as palavras, fica aqui o aviso que, do ponto de vista estritamente religioso, ela se está marimbando para o caso-

se querem mulherio ou preferem só homens é lá com eles porque, do que gosta mesmo é de uma velha igrejinha medieval seja com quem for lá dentro. Até pode ser gado para a ordália.
O que parece que não suporta são jacobinismos ditatoriais encapotados.

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Adenda: o meu caro amigo Luís com quem tenho andado à porrada, acaba de responder ao desafio e colocou post com pergunta idêntica no seu blogue

Como não andamos na luta pelas audiências, escolhei à vontade o lugar para o debate porque nós já escolhemos as armas.

Zazie

5 comments on “habemus papisa nas próximas eleições?”

  1. Susana Bês says:

    Deixo um comentário no Luís, que aceitou o desafio, embora aqui se leiam coisas muito interessantes sobre este assunto.

  2. zazie says:

    De qualquer forma, mesmo sem ir buscar os artigos da Constituição, (tenho-os aqui ao lado) seguindo apenas o mero bom-senso, pergunto-te:

    Estás a comparar um detalhe de um culto religioso com uma entidade patronal?

    É que, como eu disse a esse respeito, se o trabalho também fosse uma opção só para quem quisesse, porque não dizia respeito à necessidade vital de um indivíduo, não haveria crise alguma se aparecessem empresas a dizer que só admitiam homens carecas ou mulheres com buço.

    Mas, se estás a dizer que a Constituição Portuguesa tem poder para legislar em dogmas da Igreja Católica ou de outra que são universais, então tens de explicar que a Constituição Portuguesa tem poderes para além do território tuga.

    Se estás a dizer que a Constituição Portuguesa apenas tem direitos no seu território e misturas um detalhe de culto que só diz respeito a quem livremente é crente e às estruturas da própria Igreja, tens de me explicar como é que a Constituição também diz que há´liberdade de culto.

    Porque, se é como tu dizes, trata-se de casos de desobediência
    civil.

    Deviam ser casos de polícia ou então proibidos todos os cultos religiosos em Portugal.

    Se segues a ideia do Luís, que diz que numa democracia todas as instituições têm obrigatoriamente de ser democráticas tens de explicar como é que funcionam ilegalmente as forças armadas ou as forças policiais (que por estrutura inerente nunca poderão ser democráticas ou ir a votos a ordem do comandante)

  3. zazie says:

    viva metroplis,

    o David Lynch está empenhado num estúdio lá para as bandas da Polónia.

    Fazes bem em te dedicar ao cinema porque leis e Constituição não são mesmo o teu forte

    “:O)))

  4. mapipe says:

    Mas Flávio será a Contituição que vai dizer quais as normas que a religião deve seguir?
    Vai dizer quem pode e não pode ser padre?
    Quem deve ser canonizado?
    Quantas vezes devemos ir à missa?
    não me parece. A Constituição deve intervir em casos onde as religiões estejam a violar direitos humanos…mas não me parece que as mulheres portuguesas estejam muito ofendidas e preocupadas por não poderem ser “padres”, nem que dessa proibição venha muito mal à sociedade!

  5. Flávio says:

    Bem, eu não li ainda a discussão, mas estando em causa – como estão – direitos fundamentais das mulheres, quer as entidades públicas quer as privadas estão igualmente vinculadas ao que manda a Constituição. É a própria Lei Fundamental que o diz expressamente. Parece-me por isso, salvo melhor opinião, que a zazie não tem razão.

    Mas mudando de assunto…

    O David Lynch tem andado muito quieto, desde o Mulholland drive. Será que a zazie sabe alguma coisa do que o senhor anda a aprontar?

    beijinhos, Zazie!

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