A Seita dos Adoradores da Cadela Laica
Com três excelentes objectos para substituir os crucifixos: um preservativo, uma ferradura e um chocalho. Atente-se igualmente na estrepitosa trindade que o nosso Dragão teve a amabilidade de “linkar”.
6 comments on “A Seita dos Adoradores da Cadela Laica”
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Acrescento apenas que gostei muito da intervenção da Sofia Albuquerque. Se isto fosse um blogue político assediava-a já. Mas aqui a política é mais avacalhamento soft que outra coisa “;O)
fiquem à vontade e desculpem-me não participar mas creio que toda a gente sabe que já me fartei de debater este tema noutros blogues. Seria repetitivo e falta-me tempo. De qualquer forma linkei o Portugal Comtemporâneo para informação histórica, incluindo do conceito de laicidade que anda para aí a ser utilizado de forma disparatada e posso dizer que basta irem ao Quase em Português, ao Blasfémias e à Grande Loja para se entender as minhas objecções.
De qualquer forma a ideia principal está no primeiro post e creio que é clara. O resto são questões mais factuais e políticas dos agentes que levaram a este burborinho todo e até do pano de fundo ideológico em que se sustenta.
Nem mais!
Isso é um sinal de discriminação de alguns intolerantes que actuam pelo mundo fora.
Há mulheres que são apedrejadas até à morte noutros lugares do planeta e isso também é um sinal de obscurantismo e discriminação.
Há crianças soldados, escravas!
Há ignorância que sobre.
O problema é que os sinais de ignorância, obscurantismo e discriminação estão por todo o lado, em todos os tempos da História, entre católicos, judeus, ateus, muçulmanos, estalinistas, democratas, liberais, homens, mulheres, gordas/os, lindas/os, ruivos/as, morenos/as, solteiros/as, casadas/os, reis, camponeses, soldados, generais, etc., etc….
Não existe um obscurantismo “bom” e outro “mau”. Falamos de seres humanos que se revelam intolerantes independentemente do tempo histórico, lugar, religião, ideologia, raça, sexo, etc.
O triste deste debate é ter gente que se cala quando os sinais são dados por determinadas crenças, ideologias, ou pessoas e que se levanta indignada se o sinal é dado por católicos.
Quanto a mim, deve aplicar-se o mesmo critério de denúncia a todos os casos, venham de onde vierem! Caso contrário é hipocrisia.
Ora, os clássicos, sobretudo os autores gregos, já disseram muito sobre a natureza humana, já foram avisando sobre o perigo maniqueísta e a diabolização do Outro, sobre o facto de não haver inocentes entre os seres humanos, de modo que não será demais aconselhar esses textos com cerca de 2500 anos…
Dou por encerrado o assunto pedindo desculpa à Zazie pela invasão de domicílio.
ps.: Ana, fique tranquila, sou uma mulher tolerante e não me identifico com nenhuma cruzada doutrinal.
Últimas notícias da querida ICAR:
Uma professora solteira que engravidou, foi despedida por uma escola católica nos EUA.
A Igreja Católica americana enfrenta mais um escândalo, desta vez relacionado com o despedimento de uma professora que engravidou fora do casamento.
Michelle McCusker, de 26 anos, dava aulas às crianças mais novas de uma escola católica, quando engravidou de uma relação ocasional. Decidindo levar a gravidez a termo, avisou os seus superiores.Dois dias depois, foi despedida.
Espero que a querida sofia albuquerque seja muito homem para aguentar e defender isto. Até porque isto é mesmo um clássico: obscurantismo e discriminação!
Ana Maria,
a menina está a precisar de ler os clássicos urgentemente.
Faça isso antes de ler o que se escreve no jumento e perceberá a diferença.
Já agora, empreste um ou dois livritos de História à malta do jumento… Pode ser que os contagie!
Não basta engolir uma cassete para substituir a argumentação lógica.
Com a devida vénia ao Jumento http://jumento.blogdrive.com/, algo para que possa pensar!
“Os crucifixos das paredes das escolas não são uma manifestação colectiva de fé, são uma herança de um passado em que a Igreja Católico, a troco do quase exclusivo da evangelização de Portugal e do seu vasto império, colaborou com o regime e permitiu que este usasse o catolicismo como uma das suas afirmações ideológicas, como a benção da ditadura.
Retirar um crucifixo da parede de uma sala de aula só em mentes muito mesquinhas pode ser entendido como uma ofensa ao catolicismo dos portugueses, trata-se de gente que ainda sonha com a evangelização forçada. No mesmo país onde muitos bispos não permitem que nas suas dioceses as crianças não seja baptizadas porque os pais não são casados pela Igreja, são mesmos bispos fundamentalistas que querem impor os símbolos religiosos aos que não partilham da sua fé. São os mesmos que em tempos ainda defendiam a obrigatoriedade das aulas de “religião e moral” ou que em muitos domínio consideram que a lei penal deve ser o equivalente a uma sharia católica.
Só confunde catolicismo com imposição dos valores do catolicismo, o que não percebem que a religião deve ser a emanação da liberdade e não um subproduto da ditadura.”