luxos desta vida/contraditório ao Dragão
A moral é o grande luxo deste mundo a que ricos e poderosos se podem dar. Chegar ao topo, subir ainda um pouco mais e correr toda porcaria a pontapé
[um luxo reservado a homens de barba-rija bafejados pela natureza]
4 comments on “luxos desta vida/contraditório ao Dragão”
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ok. Fico à espera. Eu creio que sei o que queres dizer. No entanto acredito que a moral também pode ser uma forma de Poder.
É claro que os riquinhos podiam e deviam ter ficado de fora. Só os incluí para fazer blague com o teu aforismo. A riqueza só é poder à tabela. O grande poder até pode prescindir de bens pessoais. Olha, o Salazar era um exemplo e a Agnés Varda de quem eu gosto muito defende essa ideia. A maior riqueza é nem precisar de ter nada seu por se ter mil e uma pessas a darem-nos tudo “:O)))
Vou responder-te a isso lá na espelunca. Aforisticamente. E “sacanisticamente” também.
Aponto-te apenas, de saída, uma imprecisão grosseira nos termos: os pobrezinhos não têm “poder”, têm “moral”. Se os pobrezinhos tivessem poder, a primeira coisa que podiam era deixar de ser pobrezinhos e tornarem-se riquinhos o mais depressa e mais volumosamente possível. :O)
Nota que eu não confundo moral com ética. É um departamento na subcave.
tens razão. Eu nestas coisas ainda sou uma utópica.
Mas acredito que se possa chegar bem alto sem se seguir o curso do réptil e o único poder que me agrada é este. De quem o desbarata para correr com a porcaria a pontapé. Porque o poder dos pobrezinhos costuma ser muito mais reptilíneo e despeitado.
É claro que o ideal seria aquele tipo dos monty python que roubava lírios aos ricos mas enfim… não se pode ter tudo “:O)))
P.S. conheço quem chegou alto sem se corromper e conheço quem use o poder para correr com a porcaria. São os maus-feitios que tanto admiro. Poucos mas ainda os há. E também acredito que estes heróis só fazem bem ao imaginário. Mas parece que agora já não se transmitem estas coisas aos putos… a puta da realidade também aí já ganhou terreno
A diferença é que eu debruço-me ironicamente sobre a realidade. E tu exerces o teu wishful thinking.
Os tipos que chegam ao topo e correm a porcaria estão muito mal vistos nos tempos que correm. Até porque no passado, a história atesta-o, para correrem com uma porcaria, rodearam-se não raras vezes de outra igual ou ainda pior.
E tem outra coisa, para a plutocracia não há “topos”: há o trono no meio da prostração, da reptação e do pântano generalizados. E o esoterismo da Ténia.