afinidades electivas

Um blogue maravilhoso ,recomendado pelo serviço público do Mário da Retorta

Nativo da Ilhas de Sandwish com máscara, J. Webber del, T. Cook sculpt. prancha 66, 1728-1779. Relato das ilhas do Hawai, descobertas por James Cook, onde o malogrado navegador foi esfaqueado até à morte no ano de 1779.

Ver mais imagens: National Library of Austrália

12 comments on “afinidades electivas”

  1. zazie says:

    Viva Triciclinho!

    Não conhecia esse blogue, não mas parece-me ser ainda mais interesssante. É curioso como os interesses quando “batem” numas coisas tendem a ir para outras idênticas. Estes malandros andam nos arquivos de gravura que é um mundo fabuloso. Aqui há tempos fiz-me sócia de um desses arquivos para poder fazer downoads do Mitelli. Quando tiver tempo tenho de ir para outro. Mas este senhor tem imagens espantosas e boa informação. Este é outro lado da blogosfera que por cá não tem grandes adeptos mas que é bastante útil. Só lamento não conhecer “carolas” espanhóis a digitalizarem os detalhes arquitectónicos do plateresco para eu fazer umas trocas
    “;O))

    Muito obrigada, menina. O Mário e tu já me deram excelentes indicações para eu perder mais tempo que o que devia ahahahaha

    mas ele oferece livros? c’um caraças! tenho de ficar de olho nisso

  2. é uma perdição, esse blog, é.

    conheces este?
    http://www.spamula.net/blog/

    é outro com o qual me embasbaco : )

    ah, e volta e meia despacha livros e oferece-os a quem os quiser. um espanto!

  3. Sílvia says:

    E se em vez de um casino no parque Mayer se prolongasse o Jardim Botânico até à Avenida da Liberdade? Já reparam como aquilo está ao abandono? Hum…isto veio a propósito de quê? Perdi-me…

  4. zazie says:

    pois é meu malandro! então agora deste em conspirador? espero que tenhas entrado com intenções honradas
    “;O))

    beijocas

  5. Ahab says:

    zazie,

    O Blog é incrivel! Não me admira nada que te tenhas apaixonado por ele à primeira vista!

  6. zazie says:

    “:O)

    tem links espantosos e é um grande blogue no género

  7. Mário says:

    🙂

    Com estas imagens e uma impressora as minhas paredes ficam mais interessantes !

  8. Antónimo says:

    Contar, aos putos, as histórias das disciplinas, isso parece-me bem. Por tantas razões diferentes. Já percebemos que todos precisamos de uma história que nos conte. Ajuda. E está claro que eu também não sou pedagogo (mas porque é que havíamos de ser? não alinho na eutopia tecnocrática). Zazie de conduite.

  9. zazie says:

    Bem, não sou pedagoga nem tenho grandes preocupações no caso, mas penso que uma coisa não invalida a outra.
    Podem perfeitamente socializar-se dando cultura clássica em vez de lerem tretas jornaleiras. Esta a pensar nisso quando me lembrei destas coisas. E não só. Não faço a menor ideia porque motivo dão Física, Química, Matemática, Biologia sem darem a História dessas disciplinas. Há personagens fabulosos nas Ciências. Como os há em todos os saberes. Seria bem mais apelativo falarem deles e mostrarem a história dessas invenções que pespegarem com aquelas macacadas dos manuais

    Se ha´coisa que me encanita são as ilustrações dos manuais escolares. Já reparou? Parecem uns bimbos armados em novos-ricos. Têm de botar sempre uns quadrinhos para dar uns ares. Assim como o Abrupto e aquelas naturezas mortas do barroco dos Países Baixos.
    Então não existem desenhos e gravuras espantosos da época? Por que motivo não os mostram?
    Eu tenho uma ideia mas é uma um tanto macaca… não os mostram porque nem eles as conhecem…
    “;O))

    Quanto ao estudo das “orações” era bem mais fácil e importante que as manias das “árvores”. Agora aprendem a fazer aquelas tretas das árvores e nem entendem para que serve.
    Lembro-me de dar essas coisas na primária teatralizadas. Literalmente. Pegava-se numa frase, ia-se ao verbo que é acção e a miudagem a partir daí representava-o e aprendia a diferença entre sujeito, predicado e complementos.
    O que penso é que hoje com essa mania do “lúdico” nem lúdico se faz com medo de ensinar qualquer coisa

  10. Antónimo says:

    Quanto ao ensino, hoje só tenho uma certeza (e posso estar engando…): a única absoluta necessidade é manter os putos na escola. O que significará socializá-los. Tudo o resto… A cultura clássica já foi do quotidiano e já não é (está bem? está mal? não me parece relevante: já não é): encher os putos de lusíadas obrigatórios e dodecassílabos e endechas… parece-me tão importante como o Coltrane ou o Van Sant ou o jornal de ontem (Correios das Manhãs excluídos). Quer dizer: qualquer coisa que os agarre e os faça pensar e os faça perceber que as coisas são problematizáveis. E os mantenha em sociedade. Depois, se quiserem ser pobres, vão lá pensar no Cook.

  11. zazie says:

    é verdade, muito bem observado. Se há coisa que acabou foi este sentido de aventura e exploração do mundo. Claro que agora fala-se do espaço mas estamos muito longe desse outro sentido de viagem.

    Isto fascina-me de tal maneira que acho que até sonhei com esta história.

    Já pensou como seria diferente o ensino se estas histórias e imagens fossem mostradas aos miúdos logo na primária?

    Ninguém conta nada. Nem em História nem em Geografia nem sequer nas Ciências. Fazem aqueles manuais cheios de palhaçada e com pinturas à “Abrupto”, para dar um ar artístico e mais nada. Depois vendem a ideia que nem existem raças e se uma pessoa mostrasse estas coisas era capaz de ser incriminada de politicamente incorrecta.

    Uma estupidez e um desperdício.

  12. Antónimo says:

    Bom dia, Zazie.

    Partilho o seu fascínio: livros de viagens são uma velha mania. Mas, aqui, nas viagens do Cook, o que mais me interessa é a maneira como a anatomia austral, tão diferente, em termos antropomérticos, da europeia, é dada na sua diferença fisionómica, mantendo-se os corpos os dos deuses gregos da tradição clássica: o classicismo morre por último na imagem europeia do nú. O nú será clássico. E será e será. Che sera, sera.

    Cumprimentos.

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