ACA-M (comunicado recebido por mail)
Confirmando-se que a vereadora Gabriela Seara da Câmara Municipal de Lisboa aceitou o convite para se deslocar num carro de tuning para percorrer as ruas de Lisboa por ocasião da estreia do filme ” Velocidade Furiosa – Ligação Tóquio”, a ACA-M confessa-se sem palavras para descrever uma tal absurdidade, insensibilidade e vileza populista.
Porque a dor e o sofrimento causados pela sinistralidade rodoviária, que afecta particularmente os jovens portugueses, são matérias de uma enorme gravidade social, a ACA-M vem apelar a que a vereadora Gabriela Seara desista deste inqualificável intento.
Lembramos que a série Velocidade Furiosa é um conjunto de filmes de culto dos street racers, uma ideologia totalmente contrária, ou assim esperamos, àquela pugnada pela vereação da Câmara Municipal de Lisboa.
Contactos:
Manuel João Ramos 919258585
Guilherme Moreira – 9367889655
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Pergunta da casa: será que também leva a cabeleira postiça e o Chihuahua?
18 comments on “ACA-M (comunicado recebido por mail)”
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mas olhe que o Antónimo já devia ter percebido que chatearem-me com o VPV nunca dá bom resultado.
Pior que isso só com o ateísmo militante.
Para conseguir fazer vista grossa a essas provocações é preciso mais qualquer coisa que já pode andar bem perto da amizade. Isso acontece por ter de acontecer e depois fazem-se pactos e deixa de haver confusões.
Passam a temas tabu e trocam-se reciprocamente
mesmo assim nunca é de fiar… o danado do poeta-hortelão passa a vida a provocar-me à custa disso. Mas como já sabe que leva logo de seguida até me parodia na resposta antes de eu a dar
“;O)))
1- Pois, ódios e amores de estimação não faltam. Já as etiquetagens tento fugir a elas mas admito que não sou imune à força do pensamento automático.
Só que há ódios e ódios e os de estimação até costumam ser inofensivos. São mais embirrações que ódios. As cavalgaduras do asfalto são assassinos, logo seria impossível ser uma mera embirração gratuita.
2- o ponto 2 do VPV passo
a) porque não gosto de insultar pessoas que não conheço de forma gratuita
b) porque a palavra asco faz parte dos meus ódios de estimação “:O))
Verdade. Nunca a digo. Posso dizer alguns palavrões mas também tenho preconceitos com certas palavras que até o não são.
2- o que está para vir nem lhe conto nem lhe digo… logo ao fim do dia fica a saber
3- Tirando a música e alguns adereços de vestuário, hippie é que de facto nunca fez o meu género
O movimento hippie apareceu em Portugal numa altura demasiado crítica. Aderir a ele ou ser betinho e ficar em casa bem-comportado era um tanto equivalente.
Beijinhos
P.S.
JPC é que é um ódio muito cá da casa “;O)
Vamos no caminho certo: ódios de estimação, cavalgadurices e etiquetagens.
1. Ódios de estimação e amores de estimação: geram muita parvoíce – alguma engraçada e fornecendo muito material para a gente se rir. Diga lá que não há dos dois aqui na Cocanha (amores e ódios desses)?
2. O tipo de cavalgadurice que eu parodiei é aquele que o (v)asco exerce constantemente: e, sendo uma leitora atenta, não terá deixado de reconhecer alguns “factos” (v)asquerosos.
3. O problema são as etiquetagens: mais do que nas ideologias, o problema de ser hippie ou de esquerda está na embirração com as etiquetas – e voltamos ao ponto 1.
Ou seja: o (v)asco é mesmo esse e a caricatura é certeira. Alminha de táxista, o rapazinho. E os textos do Independente eram todos maus – suponho que continuam a ser.
O cãozinho de traseiro olho ciclópico fez-me lembrar o Ferré (eu sou um bocado hippie de esquerda):
“NOUS SOMMES DES CHIENS et les chiens, quand ils sentent la
compagnie,
Ils se dérangent et on leur fout la paix
Nous voulons la Paix des Chiens”
O que vem a seguir como post?
Em pulgas,
Antónimo
pois, eu acredito que fosse ironia. Só fiz notar que esse vasco nunca poderia ser o VPV.
Pela mesma razão que nenhum de nós (os que têm ódios de estimação às cavalgaduras do asfalto, nada temos obrigatoriamente a ver nem com hippies, nem com blocos.
Foi caricatura a traço grosso que não atingiu ninguém.
Acho mesmo de uma enorme bacoquice colocar-se a questão entre cavalgaduras de tunings versus hippies pré-históricos.
Por acaso lembro-me de quem já fez o mesmo e quase se poderia atribuir este comentário do Antónimo ao dito:
o Pereira Coutinho. Esse é que uma vez teve o mau-gosto de publicar um texto no Independente com uma caricatura igual, a propósito da tolerância zero que o Manuel João Ramos incentivou.
O mau gosto foi ainda mais grave pois ele até sabia os motivos pessoais que levaram o MJR a essa luta.
Bom, Zazie, não havia aqui nenhum (v)asco actual: só um potencial – que construia ironia. Todos os factos que adianta, como vê, são inúteis. Não esperava ter de lho fazer notar.
Beijocas para si também.
Antónimo
Para sua informação sei conduzir desde os 12 anos e tirei carta mal obtive a maioridade. E até me ofereceram um 2 cavalos ainda antes da a tirar.
Ó Antónimo, perdeu um bom momento para estar calado “:O)))
E pode meter a viola no saco que cá para mim você nem lê o VPV.
Por acaso não conhece aquele testo que ele fez a denunciar a bimbalhice dso fwds que contavam onde se escondiam os polícias à paisana para detectar os excessos de velocidade?
Acho que o tenho guardado e posso-lhe facultar. É que se tivesse lido, assim como outro texto a que ele chamou “limite de velocidade” e que até deu para um misto de parábola em que se incluíam os altos de grande cilindrada nas Ilhas e a ambição de asas cortadas, nunca escreveria tanto disparate.
“:OP
Você é um moço inteligente mas perde-se em tretas de facciosismos sem sentido. Inventou para aí uma caricatura do VPV que diz mais de si do que dele
Ahahaha
beijocas
Meus senhores: estão a ser injustos! Então não é uma série de culto? Uma série de culto, de acção e porrada, anti-intelectual (ou, ao menos, a-intelectual), jovem, cheia de evocações extremo-orientais. Ou seja: deviam gostar e aplaudir. Se fosse o (v)asco a passear de viatura tonificada, descobriam logo uma série de virtudes na adesão aos ideais destes Dirty Harrys motorizados. E estão a defender os peões? Se fosse o (v)asco, estaria ele a defender as viaturas e a pugnar pela poupança da tinta das passagens de peões para equilibar as finanças de Estado (ó, alma de táxista!). Então a gente precisa tanto disso como de um encarregado de negócios em Budapeste! Intelectuais politicamente correctos e esquerdistas hippies que têm a mania de não ter carta e de não contribuirem para a poluição das cidades. A poluição! A poluição que tanto fez pela civilização ocidental, triunfando pela indústria.
Meus amigos: estais a perder qualidades. O (v)asco vai muito à vossa frente. Qualquer dia estão a votar no Bloco.
Digo-o com amizade.
Antónimo
Esse é o meu projecto de reforma. Quando for velhinha quero ser a Mam’ Dalton das cavalgaduras do asfalto.
Mas muito respeitável, claro.
“:O)))
Ainda hoje fiz uma gincana estrada/passeio por causa de uns carros estacionados.
Acho que vou comprar um spray vermelho e raiar as cavalgaduras.Depois fujo.
E não é só em Lisboa…
ahahaha
“:O))))
Que injusta, Zazie! Não vê que todos eles têam quintas, com caminhos quase intransitáveis, e não lhes sobra dinheiro para um 2º carro?!
Ahahahaha e com o Chiuahua ao colo e a agarrar a cabeleira postiça “:O))))
Eu sou uma fanática de pedonal. Ando a pé em todo o lado. Quando não é a pé é metro “:O)))
Fora isso gosto muito de comboios e aviões mas tenho um ódio de estimação aos carros e às cavalgaduras do asfalto nem se fala…
Tu nem imaginas o que é andar a pé em Lisboa. Quando não são as gincanas aos carros e arriscar a vida a atravessar uma rua é a porcaria da calçada escorregadia que só deve servir para fotografia de postal e balúrdios na conservação
Quanto ao pedonal até só estava a referir-em a uma coisa elementar- deixar-se os passeios para os peões. O Manuel João Ramos aqui há uns anos publicou umas fotos no Independente com uns polícias a estacionarem os carros (da polícia) em cima do passeio. E até havia um meco cá fora a ajudar à operação
“:O)))
Só mesmo num país de “novos ricos” que vão para a cabeleireira e para o Centro Comercial de jipe é que estas coisas acontecem
Já não ando muito a pé por Lisboa (excepto na zona onde moro), mas o planeamento pedonal é nulo e os carros mal estacionados abundam. Em alternativa ela podia andar a pé e os carros do tuning tentavam atropelá-la :).
Viva merdinhas, já tinha lido no teu blog esse artido no teu blogue mas não conhecia, não.
Mário: o que ela devia fazer era andar um dia em Lisboa, a pé a atravessar nas passadeiras colocadas nas esquinas com trânsito aberto para os que vêm de lado, quando pensamos que podemos atravessar. De seguida tentar atravessar com sinal verde uma série de ruas em que o período do sinal aberto é tão curto que a meio da estrada já vêm os carros para cima de nós- ex: Campo Grande, segunda circular para se ir para o metro. E depois fazer aquelas gincanas que faz qualquer peão para ultrapassar os carros estacionados nos passeios. Isso é que eu gostava de ver. Por mim, enquanto não aparecer ninguém a acabar com esta treta e a fechar o trânsito, em todos os sentidos, sempre que o sinal fica verde para os peões (como funciona em Inglaterra, por exemplo) bem podem esperar sentados que nunca votarei em nenhuma lista autárquica.
Mas se a piquena insistir no tuning ao menos que leve a cabeleira de loura platinada mais o Chihuahua
“;O)
Se ao menos os carros fossem Bugati ou Aston Martin, esse não precisavam de tuning para serem belos.
Boa noite,
Com Lisboa abandonada e desmazelada deve ser piada do 1º de Abril !! Infelizmente não é !
Não haverá um lugar no Julio de Matos para acomodar a dita senhora vereadora ?
Haja paciência
A propósito de velocidade vertiginosa:
Conheces “Era um Rendez Vous” – Claude Lelouch, 1976?
Filme num só plano-sequência em que a câmara, acoplada ao automóvel, atravessa Paris de madrugada, a alta velocidade.
Se quiseres visita-me lá no blog, dia 9 de Abril deste ano, que o filme está lá para se ver.