Pierrot lunaire/Pierrot le Fou

Pierrot le fou c’est:
-Stuart Heisler revu par Raymond Queneau.
-Le dernier film romantique.
-Le Technicolor héritier de Renoir et Sisley

um filme como um campo de batalha

Total film d’aventures —————-
…Tendre et cruel/réel et surréel/Terrifiant et marrant/Nocturne et diurne/Solite et insolite/Beau comme tout.[Pierrot le fou]

Une histoire d’amour où se mêlent “l’amour, la haine, l’action, la violence et la mort”

Dans envie, il y a vie. J’avais envie. J’étais en vie——“Marianne : – Une saison en enfer.
Ferdinand : – L’amour est à réinventer.
Marianne : – La vraie vie est ailleurs.”

M : En tout cas tu m’a dit qu’on irait jusqu’au bout.
F : Au bout de la nuit, oui.

Je voudrais être unique. J’ai l’impression d’être plusieurs


-Tu me parles avec des mots et moi, je te regarde avec des sentiments
-Tu n’as jamais d’idée ! Rien que des sentiments
-Pierrot !
-Je m’appelle Ferdinand

Je veux brûler avant le froid au plein brasier du miracle… je me jette en plein dedans, je m’ébroue, les flammes m’environnent, m’emportent, m’élèvent entre elles tout tendrement, tout tourbillon ! Je suis de feu !… Je suis tout lumière !… Je suis miracle !… J’entends plus rien !… Je m’élève !… Je passe dans les airs !… Ah ! c’en est trop !… Je suis oiseau !… Je virevole !… Oiseau de feu !… Je ne sais plus !… c’est difficile de résister !… J’en hurle de plaisir…”

[Après tout, je suis idiot]

Elle est retrouvée
Quoi?
L’Eternité
C’est la mer allée
Avec le soleil

10 comments on “Pierrot lunaire/Pierrot le Fou”

  1. zazie says:

    Ó metropolis,

    Não perceber as citações e recitações ou auto-citações no Godard é não perceber Godard. Ninguém brincou melhor com esse melting pot cultural do que ele.
    Até dizia mais, não existe cinema de Godard fora disso.
    Qualquer realizador inábil é capaz de citar, agora integrar a citação numa linguagem cinematográfica inovadora como ele a fez é que nunca um inábil o faria.

    Neste caso do Pierrot, por ex., são fabulosas. Aquilo tem níveis sobrepostos de leituras, incluindo na narrativa. o Conrad está lá todo. E começa logo com aquela ideia de boneco do Fuller a lançar o mote cinema como campo de batalha, com amor, ódio, sangue e muita aventura e depois parte para ela on the road

  2. Flávio says:

    Ainda a propósito de citacoes, essa é uma das coisas que eu mais detesto no Godard. O problema nao está propriamente nas suas citacoes, mas na forma (grosseira e inábil) como ele as faz. Qualquer realizador medíocre pode colocar um protagonista deitado na banheira ou sentado no cinema a ler um livro de filosofia; o que é realmente difícil é saber citar com originalidade e talento.

  3. zazie says:

    Ah sim, há-de ser paranóia e da grossa. Não te lembras do micro-interrogatório que aconteceu aqui na blogosfera à custa daquela cena de há 500 anos?

    Mas eu nunca gostei do Grass, por isso…
    A única coisa que me irrita a sério é andarem para aí a compará-lo ao Céline. C’um caraças!

  4. Flávio says:

    E, claro está, nao deixa de ser um belíssimo ‘Kunstler’ por causa disso. Eu continuo fa do senhor.

  5. Flávio says:

    O mais delicioso de tudo é que sao os alemaes que me pagam tudo: casa, cama, roupa lavada, concertos e teatro ao preco da chuva.

    Quanto ao fenómeno Grass, a reaccao dos alemaes é espantosa: todos os dias na imprensa, há primeiras páginas, reportagens de fundo, comentadores (aqui também os há em abundancia) e novas achas para a fogueira.

    Acho tudo um pouco exagerado (o senhor era um miúdo na altura e parece que se esqueceram que na altura TODOS os alemaes apoiavam o Hitler), mas pronto, quando se toca nestes assuntos da Segunda Grande Guerra, os germanicos arrepiam-se todos.

  6. zazie says:

    Claro, F Santos. O filme está cheio de citações do Céline. E não é só este. E o Céline nunca teve nada de “facho” nem de nazi.

    Agora andam para aí com essas comparações abstrusas a propósito da mediocridade literária do Grass…

  7. FSantos says:

    Pegando em duas citações reproduzidas pela Zazie:
    “Au bout de la nuit, oui”
    “Je m’appelle Ferdinand”
    E no facto de Ferdinand aparecer a ler “Guignol’s Band” é mais que clara a homenagem neste filme do comunista Godard ao “facho” Céline. O que comprova que a genialidade deste derruba muitas barreiras ideológicas apesar do zelo do sistema em que tal não suceda.
    Saudações.

  8. zazie says:

    viva, na Alemanha, hãa… essas passagens são a vida selvagem do Capitão Grant ou da Ilha Misteriosa do Júlio Verne misturados com Robinson e Crusoé e o Paul et Virginie de Bernardin de Saint-Pierre

    beijocas

  9. Flávio says:

    Peco desculpa pelo portugues esquisito, mas aqui na alemanha nao gostam de acentos.

  10. Flávio says:

    Bela posta, falta só uma imagem com os bichos da cabana (a propósito, é literalmente o amor e uma cabana lol) Estava aqui a lembrar-me nao do Pierrot, mas do Mépris: no ‘On ne peut pas plaire à tout le monde’, apareceram a Brigitte Bardot e o Alain Delon, entradotes mas sempre maravilhosos, a lerem a intro do filme – um momento de tv fantástico, até arrepia só de lembrar.

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