Seus Facistas! Não se está mesmo a ver que o doutrinador das massas era um optimista quanto à extensão do corpo da companheira e por isso assimilou os conceitos de Mulher e latifúndio? É preciro explicar tudo à Reacção? Ass. Kamarada Paulo
Quem quiser apreciar verdadeiramente o que foi o PREC, com reflexos na imprensa, tem de ler os números do Sempre Fixe que então se publicaram. E o Diário de Lisboa também. O Avante pode dispensar-se.
A linguagem Sempre Fixe é um must para semióticos.
Houve uma altura em que se dizia “este país”, em vez de Portugal. Era apenas uma bordão de apoio a frases, mas ainda assim, era assim.
E há muitas, muitas frases e conceitos que mudaram o modo de ver, de ouvir e de alguém se exprimir publicamente. A linguagem mudou, nessa altura. Ainda não mudou, aliás.
Pois é isso mesmo José. Quando dei com o vídeo lembrei-me de si. Está aqui um exemplo do início da novilíngua. Hoje tenho pena de não ter tido uma curiosidade maior para ter ido ver como estas coisas eram.
Ora…o que é um latifúndio? Uma pergunta que na verdade se insere na política actual que vivemos. Mas antes disso, há outra coisa. Antes disso há a presença de uma mulher de Grãndola que veio para a frente fazer uma pergunta. Uma mulher que se libertou dos complexos que ainda afligem as mulheres portuguesas!
Esperemos que não volte o tempo em que o homem explorava a mulher. Em que o homem colonizava a mulher. Porque colonizar não é só aquilo que nós fizemos no Ultramar. Colonizar não é só aquilo que alguns senhores querem fazer do nosso país. COlonizar é o homem obrigar a mulher a servi-lo…sem lhe dar na realidade aquilo que ela merece em troca!”
Era isto o latifúndio das ideias “antifascistas”. Uma linguagem de serviço, para todo o serviço, em que se colonizaram os conceitos correntes da época, pela novilíngua antifascista.
E quem contesta a bela frase final?
“COlonizar é o homem obrigar a mulher a servi-lo…sem lhe dar na realidade aquilo que ela merece em troca”
Boa noite Zazie, Sempre a aprender consigo. Mas olhe que o homem prometia. Não será por acaso, hoje, autarca ou deputado da Nação. Aqui está uma pista para um trabalho de arqueologia. Cuide-se
O que eu gostava de apanhar noyou tube eram os saneamentos dos “fassistas” da época. O José ainda postou algumas coisas de jornais da época que são chorar a rir. Até com as perseguições aos “agentes da Cia em hotéis” que na volta nem era da Cia nem Americanos mas eram na mesma agentes perigosíssimos. E os saneamentos ainda foram coisas mais engraçadas. Quando aparecem para aí uns garnizés chamar “fachos” a torto e a direito, deviam ver essas coisas da época. É que, o difícil era saber quem não era “facho” porque “facho”, com direito a saneamento na Faculdade de Letras, até foi o Barata Moura.
O que falta para completar a imagem ingénua do comício e da igualdade sexual nas berças é o resto que acontecia cá fora.
As expropriações comandadas pelos betos da cidade a imitarem o Bertolocci do Novecento; a pilhagem pelos mais “espertos”; a venda da ideia que iam ser donos de todo aquela “revolução tecnológica dos campos”; a destruição e recuo no tempo; a entrega de tudo aos mesmos passado uns tempos e os juros que ainda andamos a pagar por tamanha anormalidade.
Ò António, eu vejo isso e mato-me a rir porque é caricato. Não sei se viveste esses tempos mas, para quem os viveu, aquilo era uma autêntica campanha de alfabetização aos pretos. Houve aldeias em que até se fecharam todos em casa e deixaram apenas o burro no meio da praça para os receber. Não sei se existem imagens dessas coisas.
Isto não foi lindo, e não foi tão engraçado como aqui no vídeo- foi mesmo uma das coisas mais imbecis que se podia ter feito. As ocupações, a doutrina desta bimbalhada, a destruição de património, o aproveitamento da ignorância e pobreza do povo… Não há volta a dar. Lembro-me que na altura fiz um autêntico retiro da realidade e até fui a banhos por uns bons meses. Foi a tal fuga à Pierrot le Fou e Marianne que costumo recordar no 25 de Abril.
Estetizar fizeram-no o Sartre e outros melros que também por cá apareceram para curtir o fenómeno fora de tempo.
A única coisa que achei piada foi a ligação desta doutrina politicamente correcta aos nossos dias. Ehhe Foi mesmo assim: começaram com as palestras feitas por bimbos do MFA nas berças, depois passaram-nas para a doutrina oficial do Ministério da Educação e daí transitaram para a última bandeira esquerdalha das causas fracturantes
Não admira que as avestruzes sejam todas tão parecidas. Incluindo na linguagem.
Olha, Zazie, aqui, estou como tu estás habitualmente: estetizo a política. O gajo não diz o que é um latifúndio, a bem dizer não diz nada de jeito, vendo bem não diz nada de nada: mas aquilo é lindo.
Então não é? A mulher de Grândola, o militar, aquela malta toda, o olhar deles, a idade do militar… é pá, é lindo.
“Mas antes disso há outra coisa. Há a presença de uma mulher de Grândola que veio prá frente fazer uma pergunta”. É lindo.
E daquela maneira confusa, natural na ignorância analfabeta dum país que não precisava de bolsas de estudo nem de dólares, é a revolução como erotismo, é a sexualização da política… é pá, é Deleuze e Guattari nos tempos bons de 68.
o militar apenas fez uma metáfora bem sucedida (provavelmente porque ainda não havia mulheres na tropa nessa altura): um latifúndio é uma espécie de harém (eles comem tudo, eles comem tudo enão deixam nada)
Bedava Oyunlar
Tens razão Kamarada Paulo.
Que nunca te falte um latifúndio, pá!
Seus Facistas! Não se está mesmo a ver que o doutrinador das massas era um optimista quanto à extensão do corpo da companheira e por isso assimilou os conceitos de Mulher e latifúndio?
É preciro explicar tudo à Reacção?
Ass. Kamarada Paulo
Muito bem dito. O que uma mulher merece em troca é um latifúndio.
Quem quiser apreciar verdadeiramente o que foi o PREC, com reflexos na imprensa, tem de ler os números do Sempre Fixe que então se publicaram. E o Diário de Lisboa também.
O Avante pode dispensar-se.
A linguagem Sempre Fixe é um must para semióticos.
(A pergunta era para um Tóino que me escapou ou para o Antónimo a que escapou o “m”?)
Houve uma altura em que se dizia “este país”, em vez de Portugal.
Era apenas uma bordão de apoio a frases, mas ainda assim, era assim.
E há muitas, muitas frases e conceitos que mudaram o modo de ver, de ouvir e de alguém se exprimir publicamente.
A linguagem mudou, nessa altura.
Ainda não mudou, aliás.
Pois é isso mesmo José. Quando dei com o vídeo lembrei-me de si. Está aqui um exemplo do início da novilíngua. Hoje tenho pena de não ter tido uma curiosidade maior para ter ido ver como estas coisas eram.
Ora…o que é um latifúndio?
Uma pergunta que na verdade se insere na política actual que vivemos.
Mas antes disso, há outra coisa. Antes disso há a presença de uma mulher de Grãndola que veio para a frente fazer uma pergunta. Uma mulher que se libertou dos complexos que ainda afligem as mulheres portuguesas!
Esperemos que não volte o tempo em que o homem explorava a mulher. Em que o homem colonizava a mulher. Porque colonizar não é só aquilo que nós fizemos no Ultramar. Colonizar não é só aquilo que alguns senhores querem fazer do nosso país. COlonizar é o homem obrigar a mulher a servi-lo…sem lhe dar na realidade aquilo que ela merece em troca!”
Era isto o latifúndio das ideias “antifascistas”. Uma linguagem de serviço, para todo o serviço, em que se colonizaram os conceitos correntes da época, pela novilíngua antifascista.
E quem contesta a bela frase final?
“COlonizar é o homem obrigar a mulher a servi-lo…sem lhe dar na realidade aquilo que ela merece em troca”
Lindo! Lindo! Lindo! Estas reportagens do PREC são lindas… o que será feito deste militar?
E acho que tambem sou um bocado latifundiário… Bem, espero não ser fustigado pela zazie por causa deste momento de franqueza :)))
Boa noite Zazie,
Sempre a aprender consigo.
Mas olhe que o homem prometia. Não será por acaso, hoje, autarca ou deputado da Nação.
Aqui está uma pista para um trabalho de arqueologia.
Cuide-se
O que eu gostava de apanhar noyou tube eram os saneamentos dos “fassistas” da época. O José ainda postou algumas coisas de jornais da época que são chorar a rir. Até com as perseguições aos “agentes da Cia em hotéis” que na volta nem era da Cia nem Americanos mas eram na mesma agentes perigosíssimos. E os saneamentos ainda foram coisas mais engraçadas. Quando aparecem para aí uns garnizés chamar “fachos” a torto e a direito, deviam ver essas coisas da época. É que, o difícil era saber quem não era “facho” porque “facho”, com direito a saneamento na Faculdade de Letras, até foi o Barata Moura.
O que falta para completar a imagem ingénua do comício e da igualdade sexual nas berças é o resto que acontecia cá fora.
As expropriações comandadas pelos betos da cidade a imitarem o Bertolocci do Novecento; a pilhagem pelos mais “espertos”; a venda da ideia que iam ser donos de todo aquela “revolução tecnológica dos campos”; a destruição e recuo no tempo; a entrega de tudo aos mesmos passado uns tempos e os juros que ainda andamos a pagar por tamanha anormalidade.
Seus grande latifundiários açambarcadores…
Ehehehe
Ò António, eu vejo isso e mato-me a rir porque é caricato. Não sei se viveste esses tempos mas, para quem os viveu, aquilo era uma autêntica campanha de alfabetização aos pretos. Houve aldeias em que até se fecharam todos em casa e deixaram apenas o burro no meio da praça para os receber. Não sei se existem imagens dessas coisas.
Isto não foi lindo, e não foi tão engraçado como aqui no vídeo- foi mesmo uma das coisas mais imbecis que se podia ter feito. As ocupações, a doutrina desta bimbalhada, a destruição de património, o aproveitamento da ignorância e pobreza do povo…
Não há volta a dar. Lembro-me que na altura fiz um autêntico retiro da realidade e até fui a banhos por uns bons meses. Foi a tal fuga à Pierrot le Fou e Marianne que costumo recordar no 25 de Abril.
Estetizar fizeram-no o Sartre e outros melros que também por cá apareceram para curtir o fenómeno fora de tempo.
A única coisa que achei piada foi a ligação desta doutrina politicamente correcta aos nossos dias. Ehhe Foi mesmo assim: começaram com as palestras feitas por bimbos do MFA nas berças, depois passaram-nas para a doutrina oficial do Ministério da Educação e daí transitaram para a última bandeira esquerdalha das causas fracturantes
Não admira que as avestruzes sejam todas tão parecidas. Incluindo na linguagem.
Olha, Zazie, aqui, estou como tu estás habitualmente: estetizo a política. O gajo não diz o que é um latifúndio, a bem dizer não diz nada de jeito, vendo bem não diz nada de nada: mas aquilo é lindo.
Então não é? A mulher de Grândola, o militar, aquela malta toda, o olhar deles, a idade do militar… é pá, é lindo.
“Mas antes disso há outra coisa. Há a presença de uma mulher de Grândola que veio prá frente fazer uma pergunta”. É lindo.
E daquela maneira confusa, natural na ignorância analfabeta dum país que não precisava de bolsas de estudo nem de dólares, é a revolução como erotismo, é a sexualização da política… é pá, é Deleuze e Guattari nos tempos bons de 68.
Lindo.
Olha, sou um colonizador, um porco colonialista!… :O(
o militar apenas fez uma metáfora bem sucedida (provavelmente porque ainda não havia mulheres na tropa nessa altura): um latifúndio é uma espécie de harém (eles comem tudo, eles comem tudo enão deixam nada)