Só p’ra chatear a intelligentzia blogosférica
O Pedro Arroja anda a fazer umas incursões muito afoitas, em território da nossa História.
Vale a pena seguir alguns debates, a propósito do mítico liberalismo do Marquês de Pombal– com pertinentes apontamentos do “nosso” anti-comuna nas caixinhas de comentários.
O que ainda tem mais piada é o silêncio dos especialistas, que se limitam a espreitar e rosnar ao lado.
18 comments on “Só p’ra chatear a intelligentzia blogosférica”
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Agora é que vi. O Henrique não percebeu a brincadeira que eu disse. O que disse foi apenas uma tentativa de esclarecimento. Ou seja, que por aqui não vai encontrar debates sobre experiências de fé e não vale a pena continuar a chamar-me cristão ferrenha ou algo no género, por uma simples razão- não o sou. Se fosse, na maior, como não sou, obrigava-me a fazer-me passar por algo que desconheço.
Tentei explicar-lhe isso da maneira mais simples e verdadeira: nunca na vida tive um problema religioso, nem na adolescência . As borbulhas foi brincadeira a esse propósito. Se calhar teria sido natural ter tido, mas sou uma básica e não tive. E apenas fui baptizada. Não tenho qualquer formação religiosa à parte essa. Por isso, querer debater religião católica comigo seria descabido. Até deveria saber mais, mas nem sei. O facto de gostar dela é outra questão e esse é que não tem de ser explicado. Assim como não tenho de explicar como acredito e de que modo. Eu própria nunca perguntei aos outros como é e acho que nunca ninguém me explicou como funciona, por isso.
Numa boa, não leve a mal. Foi mesmo por me ter parecido que estava a fazer um retrato errado.
Beijoca. E é verdade que costumo reagir um tanto mal, por mero instinto quando inconscientemente pressinto que pode haver alguma “pesquisa” mais pessoal. É pudor recíproco. Dá para perceber que o Cocanha não tem registo “intimista”.
………..
olhe aqui o primeiro comentário do Antónimo que já me vai topando:
«e tu, para chateares a herança dos jacobinos admiradores deste marquês não divino, desatas a dizer que sim e a deitar foguetes e a fazer festinhas(…)»
É verdade a primeira parte. Não é verdade o todo porque, neste caso, até estava de fora. Não é questão histórica que domine, mas foi por motivos mais perto dos académicos e do fio da nossa História, que das meras reactivas que mandei a boca.
Foi só nisto que ele se precipitou. Bastava ter lido as caixinhas de comentários e, em particular o do anti-comuna, que eu cito no post, para se ter percebido que não era apenas uma traulitada à herança jacobina e afins.
Mas, de certo, o que nunca poderia ser era uma qualquer exegese do Cristianismo.
Henrique:
O que é que o Henrique não percebe?
O que é que quer perceber?
Quer perceber o post?
O post está mais que explicado. Foi uma provocação à intelligentzia blogosférica que cheira os posts do PA e que depois dá uma volta. Foi isto.
Quer perceber o motivo pelo qual a política se cruza com a religião e como para se perceber isso não é sequer preciso ser-se cristão?
É assim tão difícil de entender que eu não falo de mim? e que ninguém precisa de contar as suas experiências místicas ou as suas práticas religiosas para entender politica e socialmente as questões?
Só me interessa este último ponto. Ainda que possa entrar em debates com protestantes ou ateus e afins. Mas sempre numa plataforma em que a compreensão da questão é independente da crença ou não crença de cada um.
Este post é válido para isso e o Antónimo percebeu-o bem, apesar de não lhe ter agradado.
Mas o que não lhe agradou nada teve a ver com isso.
Agora eu não sou mística. Nunca consegui ter uma conversa de experiências misticas com ninguém.
E respondi-lhe à questão. Não percebo como é que Deus pode ser culpado da morte de fetos por aborto. A menos que fosse obrigada a pensar que somos marionetes e nem há livre-arbítrio e o Bem e o Mal se equivalem- ainda por cima tinham de se equivaler na figura do bom Deus. Na do demónio seria demasido mau, se calhar. Não sei. Nem sei o que é que ateísmo panteísta.
Confesso que não a percebo Zazie.Se está ssim tão afastada da cença Cristã. então porquê a insistência em temas como a citação do texto anterior.
Não é uma borbulha em mim. Também nunca tive achaques de fé, pelo que não preciso de curar nada. Tenho é um sobrinho que é um indivíduo brilhantíssimo e honestíssimo,mas resolveu agora ir para padre. E os teus textos fizeram-me transpor para aqui as conversas que vou tendo com ele.
Beijos
Henrique
Nem percebo a questão. Se uma pessoa decide retirar a vida a outra a culpa é de Deus porque os mandamentos da Bíblia dizem “não matarás”?
Não percebo nem nunca me interessei por debates de coisas de fé. Aliás, a esse propósito (e outro) até ando a reler o Bouvard e Pécouchet, que é uma das melhores troças à grandiloquência do verbo vazio.
Se reparar eu só abordo estas questões do ponto de vista cultural ou social e político. Ou seja; fora de qualquer crença. Porque o resto é privado e nunca expus questões privadas e, muito menos, indaguei as de outrem.
Além do mais, o Henrique insiste no engano. Eu nem tenho qualquer formação religiosa. Seria um disparate querer-se ter debates de cristianismo comigo. Não sei nada. Praticamente nada. À parte o que preciso de saber por outros motivos. E nunca tive um problema religioso. Nem na adolescência, daqueles que costumam aparecer com as borbulhas
“;O)))
Beijoca
Vou lá espreitar o odisseus
A parece-me que considerando Deus como pessoa, como é a essência das religiões monoteístas ( e é discutível que o Cristianismo o seja),não é possível fugir a esssa questão que tu dizes simplista.
Beijos.
PS Já agora visita o odisseus e comenta.
Olá Henrique:
Vamos lá esclarecer algumas coisas, antes que isto se torne bola de neve e depois já ninguém acredita.
Nunca, em parte alguma, me apresentei como uma católica convicta. Bastava ir ao Timshel ou ao Trento na Língua, para o constatar. Às vezes nem o “título” de católica apresento, por achar abusivo. O modo como lido com o catolicismo é muito particular e, como não creio que tenha qualquer interesse público, não preciso de o referir.
Quanto à questão do aborto já vem tarde. Deixei dezenas e dezenas de comentários até fui alterando a minha posição. Não era agora que conseguia fazer uma síntese. Vá ao Timshel, ao Trento na Língua (minutos antes de ir votar, por exemplo) ao Lutz (antes de ser saneada— et pour cause…) ao Blasfémias; ao Dragoscópio; até aqui ao Cocanha, mesmo depois da vitória do SIM, e pode ficar com uma ideia. Para já uma ideia bem pragmática: pronunciei-me acerca do referendo, não me pronunciei acerca de casos individuais; e pronuncie-me, muito mais num sentido que é comum até a outras questões- esta nova divinização da Razão científica que faz tábua rasa da lei natural, dos costumes e dos bons nichos de liberdade e autoridade das comunidades assentes numa tradição religiosa, contra um mundo laico, ímpio, utilitário, egoísta, e uniformizador
Beijocas
P.S. Quem acha que é Deus que mata os bons, pode sempre escolher adorar o demo.
Parece-me um argumento tão básico como dizer-se que a vida é algo mau porque no fim sempre acabamos por morrer.
É por estas e por outras tuas que eu, que sou um ateu convicto que acredita que Deus está em todas as coisas, aqui venho tantas vezes.
Já agora uma provocação: como é possível que tu, católica convicta, sejas contra o aborto,quando DEUS está permanentemente a MATAR os seus FILHOS:fetos, crianças,jovens, adultos, bem ou mal formados.
Muitos beijos cheios de um amor universal, Zazie.
Uma coisa é certa: nem sei como é que v.s me dão crédito. Porque eu fiz isto com a maior liberdade e até com simpatia. E, sendo assim, também serei mestre do disparate e da parvoíce.
E é verdade que já andava há muito com vontade de chegar a isso: vestir a pele do bobo sem temer cair no ridículo.
Por uma razão muito simples, nada disto deveria ser para se levar tão a sério e, às vezes, os grandes bobos estão onde menos parece.
Em Portugal, os grandes patapoufs vestem sempre tailleur e são muito comedidos.
“:OP
Só para o Henrique: não sei se acompanhou o tema mas nunca foi um balanço da governação do Marquês. Se pensa isso, então está mesmo a leste.
Andou-se a fazer aproximações a heranças centralizadoras e uniformizadoras que não foram liberais e poderiam ter sido. De cuja herança ainda somos devedores.
Ehehe, tu és tramado, ó Antónimo e desta vez não acertaste.
Mas palavra que fiquei intrigada por achares que há comparação entre este post e outros que tenha feito no Cocanha.
Porque eu estou convencida que até nem há. Pelo menos sei que a minha intenção, desta vez, foi bem diferente das habituais provocações. Não me apeteceu foi explicar. Foi mesmo uma agitação que se podia traduzir por estas palavras:
“então vamos lá a ver onde pára essa inteligentzia blogosférica”.
Provocação descontraída e sem rede, pois este assunto também não é tema que eu domine. Mas afinal como é? Onde estão os experts? Não viram? Viram mas fingiram que não viram? O palco não era apetecível, é só disparate?
Não, não é. E aqui, dá para responder também ao Henrique. Nem se arruma com essa facilidade das tretas da Inquisição (que não é fenómeno nacional e por isso nem serve para aferir particularidades) e seria até uma boa oportunidade para se darem umas lições de história, uns complementos assim à “Hermanos Saraivas” blogosféricos; umas pequenas agitações, uma qualquer traulitada; umas negações; uns arrufos, enfim, o que quer que fosse. Por que, meus caros, o que não me vão vender é que não houve ninguém que visse.
Quanto ao resto, cada um convive com o que mais lhe agrada e tira os retratos que quer.
Se eu tivesse que olhar por cima do ombro, tinha muito mais gente a quem dirigir esse desdém. E acreditem, ao Pedro Arroja é que não era. Nem ele se leva tão a sério como v.s o levam, e é bem mais afoito e descontraído que muito doutor e expert na matéria. Pelo menos daqueles que saltitam entre os jornais e o mundo virtual e fazem sempre questão em apresentar o currículo e a assinar com a capital da respectiva profissão.
No meu caso deveria ser um E de “entertainer”.
“:OP
Beijocas aos dois
(Antónimo: vá lá, não sejas chato, satisfaz-me a curiosidade, dá lá outro exemplo de post que aches que tenha havido bestunto por causa de reactivas. É que eu tive a perfeita noção de que nunca tinha feito algo no género. No sentido de agitar terrenos que nem são os meus e onde pretendia visar os ausentes. Geralmente sou mais directa. Este post até apareceu tarde pois foi produto de pensar nas rosnadelas ao lado. Essas é que me intrigaram. E foi a ver se apareciam mais que lancei displicentemente a pedrinha na mini pocinha do estamine, que nem eco tem.
O Pedro Arroja não sabe a dimensão do disparate que diz. Aliás ele é especialista em disparates, como todo o exibicionista.
Foi o Marquês quem criou a intolerância em Portugal?
E a Inquisição?
Perseguiu os Jesuítas e os Nobres e isso foi prejudicial ao país?
E a extraordinária revolução no ensino, particularmente ciêntífico, contra a escolástica dos Jesuítas? E o enorme impulso à indústria e à modernização da agricultura, contra uma nobreza totalmente avessa a tudo o que era moderno?
A intolerância até ao ridículo do caso do padre Malagrida não pode ser esquecida, e causou danos enormes. Mas esquecer também o que ele fez de bom é falsificar a História.Beijos Zazie.
Perdoar-me-ás que te responda apenas àquilo que directamente me perguntas como me dizendo respeito:
Todos os teus posts polémicos são assim – isto é: para irritares os destinatários da provocação não te importas de satisfazer todos os oponentes desses destinatários, incluindo não poucos bestuntos. Nada tenho contra a provocação: provocação e contradição são duas atitudes que considero úteis e que, para mais, prezo. Mas, eu, quando sigo esses caminhos, procuro sempre não satisfazer os bestuntos – e muito me confrangem os seus aplausos… No entanto, se esse é o preço a pagar para acedermos à tua guerra contra as cabecinhas pré-formatadas, debitadoras de arrogantes insofismas… seja. Vale a pena.
Um último reparo: é claro que concordo contigo quanto à net como espaço de discussão, livre e sem hierarquias. Nada disse em contrário. Se assim pareceu, fica aqui o esclarecimento (vais desculpar que não mostre fotocópias, mas não sou engenheiro técnico).
Beijocas. Bom fim-de-semana.
“Se a inteligentzia, existindo, desse importância ao que o Pedro Arroja diz, o debate já ia noutras paragens.
Ora bem!
“Devem é encontrar sítios melhores para correr.
Ou para nem precisarem de se mexer; que é capaz de ser mais acertado. O melhor lugar é aquele onde se recebe sentado.
E eu nem quis fazer mais do que uma pequena brincadeira onde me expus com a maior descontracção. Porque haver assunto e matéria, parceu-me haver. E o anti-comuna acrescentou alguma bem concreta.
É divertido chatear a inteligentzia. O João Miranda fá-lo bastantes vezes até. É isso que eu gosto no Blasfémias.
Eu acho é que a inteligentzia se chateia mesmo. Infelizmente, as pessoas fartam-se.
Eu cá para mim até acho que o Pedro Arroja não se leva muito a sério e que a razão principal para dizer aquilo tudo é testar a compustura dos restantes intervenientes. Pois se ele dá o braço a torcer e ninguém o torce…
E no fundo quem é que responde? E de que forma? Se a inteligentzia, existindo, desse importância ao que o Pedro Arroja diz, o debate já ia noutras paragens.
Por isso não sei se concordo nem com a zazie nem com o Antónimo.
Azucrinar a inteligentzia é divertido mas e se ela não está lá? Será que a zazie está mesmo a chatear alguém? Quanto muito está a condenar a bovinidade e isso é sempre de louvar.
Por outro lado, se a inteligentzia estivesse lá, não se deixaria azucrinar.
«Porque será? Porque não se dignam descer à plebe?»
Se calhar dignar-se-iam e com muito gosto. Quem corre por gosto não se cansa. Devem é encontrar sítios melhores para correr.
fiz este post pensando até na posição inversa. Já a vivi e gosto quando isso acontece. Se alguém tivesse tocado em qualquer assunto em que eu até já fiz investigação académica, e avançasse questões impertinentes ou pertinentes mas ditas ditas num espaço por onde eu também me movo, o que é que fazia.
Já o fiz, nunca deixo passar. Se é questão que nunca pensei, tomo nota e vou pensar nela, se é questão que até sei que não é assim ou vejo que está absolutamente errada, também vou lá a critico de alto a baixo. Ainda no outro dia o fiz, por menos, por questões básicas das civilizações Pré-Clássicas naquelas bostas que a Palmira escreve. E aí o que sucede é que me censuram as críticas.
Mas isto é que eu acho que se deve fazer. Humildade e verdade, sem espreitar se a etiqueta vale a pena para acrescentar no currículo.
Já agora, Antónimo:
só não percebi a generalização deste post (que eu tive consciência que ia ser arriscado) com o resto do blogue.
Se me desses mais exemplos onde te tenha chateado essas “reactivas para consolar bestunto” agradecia.
Ahahahahha
Já estava à espera que aparecesses a dizer uma dessas.
Pois é. Não é reactiva. Eu sou mesmo assim. Não temo que me caiam os parentes na lama por reparar em quem se afoita por território que não é o seu.
E não, não é por bater em jacobinos. É por haver por lá matéria que não é assim tão banal. Eu hei-de saber tanto desse período histórico como tu. Nunca investiguei nada. Mas nas caixinhas de comentários também estão continuações do que é aflorado no post e não é coisa que se mande para o lixo.
A menos que sejas capaz de mostrar porque é que é lixo.
Quanto à segunda parte da questão, também estás enganado. Apareceu pois. Apareceu historiador que é especialista nessa matéria. Aliás, se não fosse essa matéria então é que nem tinha pretexto para se apelidar de historiador.
E aí é que eu acho piada. Porque a blogosfera não é uma academia platónica. É o local onde se podem fazer todos os amadorismos e até questionar muitos academismos de forma mais livre que na universidade.
Agora pergunto-te: Achas que faz sentido criar-se um blogue para se desenvolver investigação académica efabulada ou não em livro? Eu acho que sim, que é legítimo e até pode ser bem pertinente porque aí havia muito maior liberdade do público fazer perguntas que, se calhar, a nível académico ninguém faz. Ou porque são básicas, ou porque são impertinentes.
Pois bem: então, se existe já isso tudo, porque é que se passou por cima disto e não se disse o que tu dizes: que é treta de tal modo vácua que nem vou perder tempo a dizer nada. A dizer nada ao autor do post, a dizer nada ao Carlos Novais que também é de História e que achou bem curiosas as questões do anti-comuna (que um meco bem inteligente e sem peneiras mas muito mais sério que muita gente que puxa de galões)?
Porque será? Porque não se dignam descer à plebe?
Então porque é que até desceram. E foram lá dentro. Apenas para cuidar dessa imagem imaculada. Divina, que por menos que Congresso Internacional nem fala?
É que eu ainda tive esperança que houvesse debate. Nem que fosse para dizer o que tu disseste. Mas só houve espreitadela, rosnadela ao lado, e mais um pouco lustro nos galões.
……….
E digo-te. Não me preocupo nada se estiver a mostrar a minha ignorância.
Preocupava-me muito mais se, com a mesmíssima ignorância, preferisse empinar o nariz, virar a cara, olhar para etiqueta de quem falou e de quem calou, e dizer como tu: há-de ser treta porque quem sabe nem comentou.
A blogosfera é este mundo sem elites, por muito que desagrade a quem já se tenha habituado a achar que só se explica aos pares ou do alto do podium
“Só p’ra chatear a inteligentzia blogosférica”: é precisamente isso, querida Zazie, e só isso, o que me chateia no teu blog: é que para chateares seja que intelligentsia for (efeito tão pavloviano como aqueles que descreves…) não hesitas em consolar tudo o que há de mais bestunto na blogosfera. O Arroja diz duas ou três parvoíces (não estive a contar) sobre o despótico marquês, embrulhadas em banalidades e num conhecimento muito superficial do assunto e tu, para chateares a herança dos jacobinos admiradores deste marquês não divino, desatas a dizer que sim e a deitar foguetes e a fazer festinhas às teorias da conspiração da cintura suburbana do Grande Porto. Que “especialista” querias tu que frequentasse as postas do Arroja?
Osculo-te sempre com amizade.