Animais rompendo as barreiras do sono,
os espigões no ar, carregado o sangue
em baixo.
orquídeas a caminhar com as cabeças cruéis,
por trás dos ossos escorregava o mel negro,
a fulva devassidão mamífera,
imprimiam nas áreas actuais suas passagens
leves, delirantes, quadrúpedes, obscuras,
franjas tremiam,
uma aura amarela equilibrava o espaço animal,
um buraco de respiração, braçada de odor,
rápido.
rompiam o sono, as espadanas transparentes na pele,
uma lua transpirada,
mexiam-se pela alvura varrida,
cravados quando aplainado o ar na película,
cerimónia fervilhando de poro
na sombra, balanço ritual dos êmbolos,
a combustão dos pelos perfurando as cabeças,
coar do tempo gota
a gota, café cerrado, e depois
tubos de pedra onde o som ferve
e a qualidade ligeira e forte da matéria se transvia
Herberto Hélder, Poesia Toda
20 comments on “Animais rompendo as barreiras do sono,”
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Vocês estão giros! Gosto sempre de ver gente a namoriskar! e com bonitos poemas à mistura beijocas
py
E um gajo acordar a esta hora com o telefone?
aaah…estavas a falar de ti. Pensei que era do poema.
Cada vez me enterro mais. Acho que vou ficar traumatizada
“:O))))
Que tane zuzu? carago? eu limitei-me a fazer copy paste
ahahah
De que falas? bota mas é os 5 eurinhos na rachinha da porca e deixa-te de esquisitices
“:O))))
A tua sorte é que estou cheio de fome e vou ali já venho 😀
Musaranho! Zi horny muskrat with ei vengeance!!!
Não é tane, é thane… zuzu…
Vá, bota aí 5 eurinhos na porca, que o link é oferta da casa
ringhtane:
estás tramado. Vou buscar a porquinha mealheiro e vai preparando as moedinhas para enfiares na rachinha dela
ehehehehe
py, esqueci-me de dizer ao José que não o tinha confundido contigo.
Pois é. Vai sempre parar aquele lado que é o lado que mais chateia a mioleira.
Também tens sorte que eu gosto de ti e essa treta não interfere em nada. Mas gosto de chatear o politicamente correcto. Como esse é um tabu sagrado, chateio por aí
“:OP
P.S. acredito que fosses capaz de responder pior que eu ahahah
beijoca
Mas diz lá se acertei ou não acertei no valupeta?
ahaha fartei-me de rir porque ele nem faz propaganda. Acho que nunca o disse. Mas aquelas reacções perfeitamente cretinas na resposta às pessoas eram isso. Eram o tal efeito de rendinha bordada no neurónizinho retorcido e cor-de-rosa. Mas é claro que nada disto vai mais longe que efeito de éter. E ele não é estúpido e nas alturas certas sabe-se portar à altura. Como foi o caso com esta imbecilidade de apropriação de nick
Pagava para ver… 🙂
Open
My heart seeks eternity:
from chaos to cosmos.
Glowing flames
illuminate dark cities,
masses move
into silent darness.
into silent darkness. –
We go!
We go!
Fighting death,
fighting death,
wordless wrath expands
and we are being extinguished. –
I, you, all of us.
– Srecko Kosovel
Translated by William S. Heiliger
On Freedom of Mind
I want no fine phrases,
only one word is left for me,
when I fall on the couch I say: no,
and when I dream I suddenly cry: no,
and when I wake I say again: no.
This is my form of defiance,
it makes me healthy and stubborn.
Even when I am tired
I can still say the word: no,
and when everyone is saying: yes,
I guffaw that little word: no.
With this word I control the situation,
it’s my form of affirmation,
it makes me clear-headed and cruel.
I am kin to the roots and the shoots,
to ruthless tempests and breezes,
computer printouts are shredded
by my brief word: no.
The calculation always has to begin again,
when they say I am guilty
my actions say I am innocent.
The law of freedom of the human mind
is like the quiet defense of ancient rights,
a command to the clown is a prohibition,
I don’t want to be a madman or monster,
I get hoarse amidst the din of machines,
from mountain to mountain nine echoes of: no
are heard by my neighbor as: yes.
– Edvard Kocbek
Translated by Michael Scammell and Veno Taufer
Olá zazie, só vim cá dar um beijoca. Não sei pôr o py ali em cima, o outro José que compreenda.
Também me travestiram o nick lá no Aspirina, para me meterem contigo, mas eu fartei-me de rir, nunca me tinha acontecido, pelo menos que eu tivesse dado conta.
Tu fazes um basqueiro do caraças menina!, e vais sempre parar àquele lado, e tens sorte porque eu gosto de ti, senão já te tinha respondido pior que tu.
Mas pronto, confesso que também não gosto de ‘bichas’. Sou bicho e gosto de bichos. E dos Bichos do Torga.
agora -> xonar
py
ahahahahahaha
Que diálogo mais patusco.
Imagina que era uma pergunta de um professor num exame. O aluno arrumava-o com a resposta e depois o gajo ficava à rasca e tinha de o repetir para disfarçar
ahahahahahah
“:O)))))
realemnte, deixaste-me sem palavras.
Queres fazer antes tu um post de poesia por mim?
ahahahhahaha
Editaste-me! 😀
Ora realmente, que porra de pergunta
“:O)))
Falta um N em “desconstruir”.
Até quero gostar, tenho a mania de descostruir tudo e o HH não é excepção. Mas é plástico comó caraças. Gosto dos que pululam pela Caverna. Gosto do Leiria, do Forte e do O’Neill. Depois há toda outra onda, quase todos, menos as rosarinhos e os judices, sei lá. Gosto do Alexander Search e da carta do Charles Robert Anon, quando não me sinto suficiente para o Campos. Oh que porra de pergunta.
Não gostas?
Bem, eu não sou especialista em poesia mas gosto dele, do António Franco Alexandre, do José Agostinho Baptista. Assim só para citar 3 dos contemporâneos.
Diz lá então um que gostes
Não consigo gostar desse gajo, zazie-en-cocagne.