E muito mais quem não goste

O Rebanho

A preocupação com o arrogante autoritarismo do Governo começa a passar, não admira. A liberdade pública e, sobretudo, a liberdade individual nunca especialmente comoveram os portugueses. Desde sempre que nos perseguimos com veneno e brutalidade, A “festa” do 25 de Abril foi uma “festa” de intimidação e de arbítrio. (…)

“A Europa não pára de se meter (sem utilidade visível) no que dantes se deixava à história e às tradições de cada um. Em Portugal (e pelo Ocidente inteiro) a concentração urbana exige uma vigilância sem precedente. O igualitarismo, o fim daquilo a que se chamava “deferência” e o enfraquecimento irremediável da Igreja e da família produziram, ou permitiram que se criasse, uma ideologia oficial, que ninguém se atreve a contestar ou infringir. E a democracia, que tanto ou tão ardentemente se gaba, é, na realidade, uma prisão com um regulamento escrito e às vezes brutal (…)”

Vasco Pulido Valente, Público de hoje
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No resto, na explicação pelo gosto que o povo português tem de “ser mandado”, em que se misturam figuras de um Salazar ou Cunhal, com este Sócrates da apatia face ao pântano do presente, não estou de acordo.
Alguma coisa “evoluiu” com a lógica da partidarite– a poltranice que está em baixo imita a que está em cima, e vice-versa.

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