It goes without saying

«Acima de tudo, se for pensado como benefício para a Igreja e Estado que o Cristianismo seja abolido, penso, no entanto, que deve ser mais conveniente escolher-se uma época de paz, e não o levar a cabo nesta conjuntura para desobrigar os nossos aliados, que, como se sabe, são todos eles Cristãos, e muitos deles, por prejuízo da sua educação, tão fanáticos que podiam ter uma espécie de orgulho nesse apelo religioso. Se, depois de sermos rejeitados por eles, estivermos confiantes para fazer uma aliança com os Turcos, devemos darmo-nos por enganados, pois, como eles estão tão longe, e geralmente envolvidos em guerra com o imperador da Pérsia, o seu povo havia de ficar mais escandalizado com a nossa infidelidade do que os nossos vizinhos Cristãos. Eles não só levam a sério a observância religiosa, como o que é pior, acreditam em Deus, o que é muito mais do que é exigido para nós, mesmo quando mantemos o nome de Cristãos.

Para concluir, o que quer que alguns pensem das grandes vantagens para confiar neste esquema preferido, eu penso que seis meses passados depois do Acto se aprovado para se extirpar o Evangelho, a Banca e o stock da Índia Ocidental deverá ter caído pelo menos um por cento. E uma vez que é cinquenta vezes tempo superior ao que a sabedoria da nossa geração achou conveniente aventurar-se pela preservação do Cristianismo, não subsiste qualquer razão para que tenhamos tamanha perda apenas pelo empreendimento da sua destruição. »

Jonathan Swift, An Argument against Abolishing Christianity

2 comments on “It goes without saying”

  1. zazie says:

    Obrigada, Frioleiras, já tinha assinado.

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