Os frankenstoinos encartados
Graças ao meeting, pelo menos ficámos todos a saber duas grandes verdades:
1- O Processo Casa Pia tornou-se o fiel da balança para não se cometerem outros erros de julgamento infundado na praça pública (principalmente por causa de não ter havido fuga de informação verdadeira- e só se terem publicado as mentiras daquelas malfadadas escutas, como explicou o Júdice).
2- Na era das inventonas mediáticas, em que a investigação policial também descarta a incompetência caseira pelo efeito do toque de caixa, a metoscopia tinha de se tornar a ciência do futuro.
Com tudo isto, só estranhei que o Boris Karloff espanhol não tivesse desatado aos urros, a partir o cenário, e a estrafegar os restantes, acabando por saltar pelo ecrã com a Fatinha nos braços. Deve ter sido sedado pela moça da maquilhagem.
6 comments on “Os frankenstoinos encartados”
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Olha, o Pitta já embarcou na novela.
Se calhar foi o Carlos Cruz que raptou a Madeleine.
Realmente, ó metropolis, é que uma palissada dessas ninguém sabe.
Já agora, os arguidos inocentes até prova em contrário, são inocentes ou culpados?
topas a complicação que gera a semântica. Se todos são inocentes, nem se imagina para que raio hão-de fazer investigação e inventar arguidos.
Rapaz, passo essa treta.
O Júdice foi lá fazer uma única e exclusiva coisa: branquear a porcaria do Processo Casa Pia.
E branquear e justificar este pacto para mudança de lei para dar mais folga e não haver ainda algumas chatices em inocências que se cagam para o segredo de justiça e até dizem que têm de dar a chupeta ao PGR.
Somos ceguinhos, mas não tanto.
Vi o programa e gostei das intervenções do José Miguel Júdice. Foi uma ilhota de lucidez no meio daquela desgraça e o único que se lembrou de dizer que os arguidos são inocentes até prova em contrário.
Pois olha que eu, que nunca vejo televisão e nem tinha olhado para nenhum relato desta história, desta vez vi.
E digo-te que foi das maiores anormalidades a que assisti. Mas o problema deve ser meu, por não assistir às normais anormalidades mediáticas.
O espanhol era de se morrer a rir. Juro que era igualzinho ao Frankenstein e especialista em leitura psicológica facial. Com uma fronha de meter medo ao susto
“:O)))
E estava meio urço a olhar para a Fatinha. Houve uma altura em que até deu um exemplo de exagero emocional que consistiria em ela o cumprimentar e ele lhe saltar para o colo
ahahahahahaha
Não consigo parar de rir só de me lembrar da história, apesar do caso não ter piada nenhuma.
Mas foi tudo assim, como digo. O caso Casa Pia já passou a exemplo oficial das mentiras em que não se deve cair quando foge informação falsa (o “estou-me a cagar para o segredo de justiça” e quejandas) e a polícia até reconhece que é humana e segue o que lhe apontam.
Se os chamam para dizer que houve um rapto, está visto que não tinham pretexto algum para seguir outra pista. Agora é que, por profissionalismo ao retardador, lhes deu para o fazer…
No entanto, todos conseguiram atirar piropos recíprocos e concluírem que isto não vai chegar a lado nenhum. Foi mais ou menos assim.
O Júdice foi lá dar uma borla, por dever profissional de evitar os julgamentos na praça pública, pois até disse que bem que podia estar a chonar.
Não vi. Esta estorinha já mete nojo. Além disso, a tal Fátima contende-me com a paciência. Mas o bacoco do Júdice está em todas. E quem é o frankenstoino espanhol?… Deixas-me intrigado. Logo que cheire a espanho, fervem-me os azeites.